segunda-feira, 30 de abril de 2007

Momento Zen do dia

Eu sei que os meus vídeos costumam estar subordinados a um tema muito elevado que são as ventosidades rectais...mas neste caso não é esse o tema. É um vídeo de um spot publicitário de uma agência de viagens que passou no National Geographic julgo eu...enfim, reporta-me àquele tempo magnífico em que podia ver televisão por cabo...snif!
Bom, é pequenino e carrega num ápice, logo, peço aos prezados leitores que vejam por que vale bem a pena. E já agora, prometo que não vou ceder ao youtube, mas este é mesmo giro!


domingo, 29 de abril de 2007

Decote+Fantasmas=Série americana

Pronto, cá estou de volta. Ora, como já devem ter reparado, a questão que vos coloco prende-se com a moçoila aqui do lado. Para quem, como eu, não tem tv cabo há 9 loooongos meses, as séries dos 4 canais portugueses constituem uma boa maneira de manter a sanidade mental/televisiva. Dentro do vasto leque existente, decidi fazer uma ressalva para o "Ghost Whisperer - Entre Vidas". O argumento é simples, a moça tem o dom de falar com fantasmas e não sei quê. Nada de novo até aqui. Mas a nossa Jennifer leva o dom dela muito mais além: ela acredita que, na realidade, existe um fantasma que costuma assombrá-la no banho...ok...
Porquê no banho e não numa sessão de bricolage? hein? É que, para quem não sabe, a série é muito interessante e formativa. Para que conste e porque o saber não ocupa lugar:
- Se trabalharem numa loja de antiguidades numa aldeiazeca de interior dos EUA, terão de se vestir como se fossem assistir à entrega dos óscares como nomeadas;
- Obviamente que, se vos aparecer um fantasma aflito, vocês aproveitam o intervalo para mudar de roupa para algo mais descapotável;
- Aí sim, podem ir ajudar o tal do espírito
- O vosso marido tem de ser ultra-compreensivo, ultra-musculado ...
- A terra é pequeníssima mas as pessoas não se conhecem.
- E por último, como a série pode muito provavelmente vir a ser um fracasso, optem por pôr os atributos da personagem principal em destaque, mas em situações pefeitamente verosímeis: "ah e tal, estou aqui em casa e coiso, logo, vou vestir a camisa de dormir transparente" ou então, "oh ups, acabei de apanhar uma molha e, fogo pá, logo tinha de estar de t-shirt branca e sem soutien!"

TV cabo: para quando?

Interrompo o meu belo fim-de-semana a fazer de enfermeira do meu respectivo...(por algum motivo não o sou, certo?Logo...) para colocar uma questão que me assola: será que os franceses também gramam com as nossas eleições, ou é o nosso país que não tem assunto e acha necessário pôr o debate da amiga Segoléne( desculpem a ortografia mas não vejo um boi de Francês) durante a tarde de domingo num canal público?

Outra questão, só eu é que fiz o ditado do campeonato da língua portuguesa? É que se fui vou continuar a sentir-me bastante idiota.

Quando o Actifed começar a bater, eu fujo e ponho outra questão. Até já!!!

sexta-feira, 27 de abril de 2007

Dá que pensar

Agora sem parvoíces, sabiam que existe um síndrome qualquer que provoca na pessoa a certeza de que está morta e que o corpo já se encontra em decomposição?
Ele há com cada uma...

Pessoal que deve ter uma vida super-mega-rifixe!

Não sei se já mencionei anteriormente, mas, sempre que tenho oportunidade, gosto de assistir ao programa "Sociedade Civil" na 2.
É um programa muito interessante que abrange temas desde a organização do orçamento familiar, até ao incontornável referendo. Ontem o tema era a segurança alimentar. Aprendi muita coisa:que os ovos não devem ser guardados no frigorífico, que o queijo fresco é mais perigoso que uma rua de S. Paulo, etc.
Tudo bem, andei uma porrada de anos enganada pelos ovos, mas, chegou uma altura em que os convidados estragaram tudo. Segundo a nutricionista, o inspector da ASAE e o Presidente das Indústrias Portuguesas Agro-Alimentares(repararam na discriminação no uso das maiúsculas? Este era um fixe, os outros não.Isto é meu, ponho maiúsculas onde eu quiser!), as roulottes, os carrinhos dos gelados e tudo o que seja venda ambulante são a encarnação do demo.
Pronto está bem, acredito que os pães com chouriço da feira de S. Mateus não sejam do mais asséptico, mas daí até eu deixar de os comer...bom, adiante!
Entretanto a nutricionista punha as mãos na cabeça quando a Fernanda Freitas a espicaçava quanto ao sabor apurado das bifanas ser decorrente da fritura na mesma frigideira há 3 gerações sem nunca ser lavada. Ao que ela começou a enumerar os malefícios dos óleos, dos aditivos e mais não sei o quê.
Ora convém dizer que a nutricionista tinha ar de quem frequentava estes sítios todos para saber do que falava...provando de TUDO (era assim para o cheiinha era, para não dizer que era uma verdadeira cepa), o inspector da ASAE não se calava com os seus instantâneos da vida profissional do género: "...e eu disse logo para a senhora ir mudar o óleo!"("É um avião? É um pássaro?Não, é o sr.inspector!") e o senhor da tal Federação dizia baixinho: "...mas é verdade é , ficam mais saborosas!".
Resumindo e concluindo: cá para mim, continuo a preferir os cachorros da feira a uma salada do McDonald's.

Se pesas mais de 45 quilos não leias que é escusado

É só para avisar que este fim-de-semana não vai haver posts novos, devido a este momento importante da minha vida. Pois é, se julgavam que eu era só muuuito intelectual estavam enganados.

Agora a sério, não vos parece que de vez em quando há uma força superior que goza bastante com a vossa desgraça?
Este é um desses momentos.

A todas as adeptas-à-força da saladita e do bife grelhado um bem-hajam!

A todas as adeptas da caminhada ao fim do dia: o pessoal dos carros não está a gozar está é com inveja da nossa boa-forma futura.

Bom fim-de-semana
(não há cá dieta ao fim-de-semana!)

quinta-feira, 26 de abril de 2007

Cuecas: essa peça tão desnecessária no ataviamento feminino

Eu tentei mas não consegui encontrar a magnífica actuação de hoje. Em compensação encontrei esta pequena pérola de há 3 meses no mesmo programa. Recordo que no dito programa passam rubricas como " A Avó", em que as senhoras de idade levam a família e falam dos bons momentos de outrora, em que os namoros decorriam à janela, e apresentam os netinhos e às vezes os netinhos declamam quadras à avó, enfim, um programa familiar, daqueles que "faz companhia"...às avós e aos avôs! Este momento para além de ser a cereja no cimo do bolo ilustra bem que os senhores produtores gostam de agradar aos avôs também.




Ana Malhoa na Praça da Alegria - 5 segundos

Cérebros que deviam ser doados à ciência I

Se foi o 25 de Abril o responsável pelo facto de ser dado tempo de antena à Ana Malhoa...então se calhar era escusado.
Vou tentar encontrar no youtube a "actuação" da criatura na Praça da Alegria por volta das 12.30. É verdade que, ultimamente, a moça elevou a fasquia de imbecilidade, mas, não devemos nunca menosprezar a capacidade deste ser em surpreender o povo português.
E se pensam que estou a maldizer a "artista" por causa do modelito destapado estão enganados! Afinal de contas são 12 e 30 e o pessoal está almoçar, e o público-alvo são velhotes, logo, a nossa Aninhas teve cuidado e apareceu apenas de fato preto justo...colocando apenas uns remates de cor no conjunto: um soutien e umas cuecas xadrez POR CIMA da roupa. Deve ter chegado das praxes 'tadinha.

quarta-feira, 25 de abril de 2007

Humor de casa de banho II

Legendas possíveis:

- Foi um ar que lhe deu...

- Cuidado com as correntes de ar!

É uma fraqueza!

terça-feira, 24 de abril de 2007

It's a beautiful day...


Acabei de chegar da Biblioteca. E por que é que isto dá azo a um post? Porque a dita foi inaugurada ontem e porque alguns alunos do meu respectivo lá foram recriar alguns episódios do 25 de Abril de 74.
A visita durou pouco porque a Biblioteca, apesar de espaçosa estava à pinha de gente. Entre pais, avós, tios e netos, pululavam os habitantes típicos da terra (que só lá vão para dizer que o WC das senhoras não estava devidamente provido de papel higiénico) e … nós.
No espaço exterior colocaram uma imponente chaimite (não faço ideia se é assim que se escreve) e no ar soavam as vozes de Abril.
E gostei. Gostei muito.
Gostei porque, lá no meio da multidão destacavam-se umas cabecitas irrequietas de olhos esbugalhados. Não sei se pela novidade, se pela antecipação de um feriado, mas estavam orgulhosos deste espaço que a partir de hoje lhes pertence. Um espaço recheado de coisas que, espero, lhes venha a abrir horizontes, espantar medos e espicaçar a consciência.
Gostava muito que, pelo menos um deles, conseguisse perceber, na pele e no 25 de Abril de 2007, a verdadeira essência da Revolução de há 33 anos atrás que nos trouxe até este dia. Porque a maior das Liberdades é mesmo esta: a Liberdade de acesso à cultura, seja ela pseudo, subversiva, light ou tradicional. Porque, apesar de todas as falhas que lhes possamos encontrar, é esta a nova geração de Abril e são estes os novos cravos que estão a desabrochar.

segunda-feira, 23 de abril de 2007

Um bocejo à cultura-tirada-a-pregos

Andei a dar umas voltas pelos blogs dos amigos e, por acaso, fui dar com alguns...
Ao Filipe (www.professoremdesabafo.blogspot.com), fiquei surpreendida pela qualidade da escrita...thumbs up!
Depois, encontrei um outro de uma personagem que tive o desprazer de conhecer. E a leitura daquilo deu-me a princípio brotoeja, mas, a seguir, decidi debruçar-me sobre o tema: "Porque raio é que as pessoas com a mania que são inteligentes e escritores e tal têm de aproveitar a boa onda da blogoesfera com poemas e textos chatos?"

Cá para mim, os blogs servem para tudo e para nada e definitivamente, para aquilo que nos der na bolha, quanto a isso não haja dúvidas, mas, se há blogs que dispenso são os pseudo-culturais.

Principalmente se se conhece o pseudo em questão. Que de cultural, meus amigos, tem muito poucochinho

Pelo sonho é que vamos

Para iniciar bem a semana, nada melhor do que unir colarinhos com uma colega! Sabe bem!
Não há pior classe do que a dos professores, e digo isto com toda a certeza e sem me sentir lesada porque não me considero parte de nada, no que à Escola diz respeito. O sistema de ensino assenta numa base e num objectivo que, em teoria , devem ser uma mesma coisa: o aluno. É evidente que são muitas as variantes a ter em conta: os encarregados de educação, a comunidade, os alunos e os professores. Isto numa perspectiva simplista. É evidente, que, durante o percurso escolar de uma criança haverá muitas mais situações e intervenientes a ter em conta.
Se tudo corresse bem seria o paraíso: os pais compareciam às reuniões e interessavam-se pelo percurso do filho, os alunos davam importância às aprendizagens e à figura do professor e os professores não se deixavam influenciar por expectativas e comentários dos colegas em relação a um aluno problemático, não se deixavam embarcar numa cultura de revolta em que se deixa um aluno entregue ao que foi sem lhe ser dada hipótese de ser melhor, enfim...
Claro que nada disto acontece: os pais (uma graaaande parte deles) está-se borrifando para o percurso escolar de um filho até aparecer a bela da negativa; em casa, o aluno é confrontado com um discurso diferente daquele que é veiculado na escola, no qual a mesma é desvalorizada, mesmo que de forma inconsciente...mas, pior do que tudo isto, é encontrar profissionais da educação que colocam todas estas observações em causa DENTRO da sala de aula. Não podemos, de maneira nenhuma, desresponsabilizar-nos do nosso papel de educadores à conta de pais despreocupados...a NOSSA acção educativa deve centrar-se naquilo que, ainda, podemos moldar: os alunos.
Custa-me lidar com colegas que só sabem queixar-se das condições que lhe são dadas, do horário, dos alunos, da falta de Apoio, de tudo!!!
Esta profissão é dura, e sujeita a muita crítica, mas, evidentemente, as críticas não surgem do nada. A educação em Portugal, está como está, por haver falhas em muitas fases do processo de aprendizagem, e, cabe-nos a nós, principais facilitadores de aprendizagem, lutar, individualmente ou não, nessa mudança.

domingo, 22 de abril de 2007

Porque ninguém se mexe no domingo...

A não perder na RTP a série "Conta-me como foi" que estreia hoje a seguir aos Gatos.
Claro que, meus amigos, terão de abdicar da magnífica programação da TVI.
Decisions, decisions...

PS: Estou com a fezada que a série venha a abrir caminho nas mentes dos mocitos. Há alguns que não se convencem que os telemóveis não apareceram juntamente com os dinossauros.

sábado, 21 de abril de 2007

And now for something completely different...

Já estava um bocadinho farta do aspecto e então resolvi contratar um técnico habilitado para mudar a fronha ao blog...o mesmo será dizer que o maridinho gramou um bocadinho jeitoso em frente ao computador para me pôr um template mais fixolas.
Espero que gostem.

(Já agora, quem, para além de mim é que viu a Florilela a ter um quase-espalhanço magnífico em directo no Dança Comigo?)

sexta-feira, 20 de abril de 2007

Mais 250 talvez não faça mal...

E para terminar o dia em beleza nada melhor do que entrar no pavilhão e ouvir atrás de mim: "O não-sei-quantos é gay!" repetido umas quantas vezes. Entrei, calmamente, na sala, respirei fundo e mandei-os entrar.
Aqui a pedagoga de serviço pensou: "Ora aqui está um belo momento de educação cívica!" Fiz perguntas e respostas sobre a homossexualidade, preparei-os para a diferença e para a uma vida recheada de escolhas e gostos...enfim, uma verdadeira artista da palavra!
Vai daí, e para dar início à actividade que tinha preparado, perguntei: "E então, ser gay, é mau?"
E adivinhem lá o que é que as criaturas me responderam: "É!É ser maricas!"
Como é que eu esquivei o ataque de fúria? Expliquei que Gay é uma palavra inglesa que significa alegre. E acabei por ali, antes que me enrolasse ainda mais.
E ainda acham que as aulas de Educação Sexual não requerem profissionais especializados...ah pois não!

Vai de meter o sapatinho de verão na caixa...


Em Viseu caiu granizo, houve inundações e um senhor levou com um raio...mas isto é o quê, guerra psicológica?


Este S.Pedro saiu-me cá um comediante...

São 250 de Xanax sefaxavor:

Amanhã, faça chuva ou faça sol como sardinhas assadas!
Tenho dito.
Isto do exercício físico e da comida hipo-calórica está a deixar-me os nervos em franja. Isto aliado ao facto de estar a entrar naquela altura do mês...meus amigos, não está fácil.
Ainda faço o como o outro na Virginia.
( está uma cachopa a fazer tai-chi-chuan no programa daquele ser que veste cortinados e que tem a mania que canta...e eu penso assim, alguém consegue manter a calma ao lado daquilo e da outra girafa sempre a berrar?Isto hoje não está mesmo nada bom...)

blogoterapia

Se eu já sei que só lido com gente atrasada mental porque é que insisto em chatear-me em vão?

Pronto, poupei os 60€ da consulta ao psiquiatra.

quinta-feira, 19 de abril de 2007

As 7 coisas...a pedido de muitas famílias

7 coisas que faço bem:
- Festinhas ao meu gato
- Crepes
- Cantar genéricos de desenhos animados em espanhol
- Ignorar críticas parvas
- Esticar o cabelo
- Rir-me da minha pouca sorte
- Pensar em ABSOLUTAMENTE nadinha

7 coisas que não faço ou não sei fazer:
- Estacionar de marcha-atrás
- Aturar gente mandona
- Engolir sapos
- Falar de política
- Pudim
- Ver um filme calada
- Ver a Floribela

7 coisas que me atraem no sexo oposto:
- Sentido de humor
- Falta de jeito
- Despojamento
- Gosto por viajar
- Meiguice
- Carácter forte
- Inteligência e perspicácia

7 coisas que digo frequentemente:
- Mau!
- Diz o tacho para a sertã, chega-te para lá não me mascarres.
- Tinho! (aplica-se a tudo: gato, marido, sobrinho…)
- Não querem lá ver?
- Epá, CALEM-SE!!!! (em contexto de sala de aula)
- Não! (após umas tentativas falhadas do esposo)
- Porra, esqueci-me!

7 actores/actrizes:
- Meryl Streep
- George Clooney
- Christopher Walken
- Ewan McGregor
- Jim Caviezel
- Gael Garcia Bernal
- Penelope Cruz

Questões do dia:

Como é que se ensina o 25 de Abril a putos que consideram o Afonso Henriques contemporâneo do Salgueiro Maia?..
Quando estão tão habituados a fazer exigências, que o conceito de ditadura lhes-é totalmente absurdo...
Quando a noção que têm de 25 de Abril é "Revolução dos cravos"...já para não mencionar os que pensam que se diz " Revolução dos Escravos"...
Quando, nos dias que correm, um cartaz pseudo-nacionalista, que incita à xenofobia, não constitui uma violação à lei...
Quando Salazar é eleito o Maior Português...

Encontro-me a leccionar numa "vila comunista". Grande parte dos alunos são descendentes dos grandes impulsionadores da Resistência, de assalariados rurais vítimas de perseguição pela PIDE...mas sou eu a dar-lhes essa novidade.

Estou a ver uma reportagem sobre a manifestação da Extrema-Direita e aparece-me uma cachopa de uns 16 anos a empunhar uma bandeira dessa ideologia -chamando-lhe alguma coisa-a mascar pastilha de boca aberta e a fazer adeus à câmara.

Quis saber quem sou...o que faço aqui...

quarta-feira, 18 de abril de 2007

Aquilo que eu erradicava da face da terra se tivesse uma varinha mágica ou uma PSG 1 sniper rifle (ah…o saudoso unreal tournament) Part I:

1- O Goucha (alguém ainda tem paciência para aqueles casacos que mais parecem retirados de um altar barroco?)
2- O Alberto João Jardim (porque sempre que o vejo vêm-me à cabeça as mesmas duas palavras de forma recorrente…aceitam-se apostas para as mesmas)
3- O Paulo Portas (cabelinhos à #$%&%-se é que não!)
4- O desodorizante Narta da Garnier (É SÓ UM DESODORIZANTE!)
5- Os anúncios com mensagens subliminares como por exemplo o dan up (não sei se repararam no grito histérico - muito à lá 80’s- que diz “ Move your body!”. Eu mexo-me se quiser! Até a porcaria do iogurte me manda para o ginásio?)
6- A Quercus (quem, mas quem, é que tem uma central de compostagem num apartamento com um gato que só faz javardices?)
7- O Luís Filipe Reis ( “ tu enganaste-me mil vezes, e eu nem uma te enganei”…é a rima rica no seu melhor)
8- Os A-HA…( é qualquer coisa de visceral, não suporto os gajos e mais à porcaria dos gritinhos amaricados…o que é dos eighties deveria ficar pelos eighties)
9- Os psicólogos da treta (não me vou alongar, sou maníaco depressiva e ainda posso ter um ataque de ansiedade…segundo o meu terapeuta)
10- A EDP, a Tagus Gás, CMA ( serviço de águas), o Ministério da Educação e…esperem lá, se deixassem de existir, tipo, não tomava banho..é melhor não. Troco pela Margarida Rebelo Pinto e pelo Francisco Salgueiro ( não comprem livros nos saldos com capas sugestivas e de pessoas que têm a mania que se parecem com o Bem Affleck)
11- Os palhaços no desemprego (vulgo dreads, aquele pessoal das massas, dos monociclos e os fogos e os balõezinhos e não sei quê…epa…SOSSEGUEM!)
12- O PNR e essa trampa toda
13- Os ciganos, todos não, os do piorio só…tipo…todos (será que é desta?)

E pronto, acabo por aqui, por enquanto.
Porquê no 13? Porque moi même (o meu francês é brutal) nasci numa sexta-feira 13…e como veêm, não há azar que se chegue a mim….AI! UM PIANO!

segunda-feira, 16 de abril de 2007

Terapia televisiva

Depois de um fim-de-semana um tanto ou quanto estafante, pude, finalmente, sentar-me em frente à televisão. Incontornável, é, de facto, o documentário do James Cameron…mas, quanto a isso não me vou alongar, porquanto não se chegou a nenhuma ilação conclusiva. Mas gostei, quanto mais não seja porque, este documentário, a par de muitas teorias que agora vêm a lume, querer a viva voz dar um papel preponderante à Mulher no que à religião, em particular, diz respeito.

Neste momento, são 14.20m, e acabei de assistir às notícias. Um senhor, de cerca de 60 anos, ameaçou fazer explodir uma dependência do Montepio, num acto desesperado por salvar o apartamento de que é proprietário mas que vai ser leiloado.

É triste. Muito triste mesmo. Mas, se calhar, com o rumo que Portugal tem vindo a levar, qualquer dia isto torna-se prática comum que as pessoas implorem clemência aos Bancos…

Outro programa que gosto muito de seguir, quase diariamente, é o Sociedade Civil (rtp2). Hoje, o programa é subordinado ao eterno generation gap. Já foram levantadas várias questões, desde a oposição entre pais modernaços vs pais conservadores até à super-protecção vs alheamento.
Este é, sem dúvida, um tópico que me diz respeito. Lido diariamente com miúdos que demonstram sem sombra de dúvida que as coisas se modificaram desde que eu tinha a idade deles. E não sei se mudaram para melhor. A relação pais/filhos democratizou-se excessivamente. Hoje em dia as crianças têm muitos estímulos e são-lhes pedidas imensas concretizações. Desde a escola, às actividades extracurriculares, as crianças de hoje em dia não têm tempo para crescer interiormente como pessoas. O que realmente interessa é se eles, com 4 anos já sabem dizer Hello e goodbye…
É evidente que há qualquer coisa que falha. Esta geração de pais, que é a minha, de um modo geral, não tem noção das verdadeiras falhas estruturais de carácter dos filhos. Um dia destes uma colega desabafou que, em resposta a um recado enviado a uma mãe na sequência de um desacato no recreio, foi-lhe dada a justificação que não se compreende porque é que estava a ser importunada, na medida em que o filho tem belíssimas notas.
E, pelos vistos, é isso que interessa.

Uma lufada de ar fresco na auto-estima das prezadas leitoras

Para desopilar...isto estava a ficar demasiadamente sério.



sexta-feira, 13 de abril de 2007

Vejam lá se gostam

"Vem por aqui" — dizem-me alguns com os olhos doces
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui!"
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...
A minha glória é esta:
Criar desumanidades!
Não acompanhar ninguém.
— Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre à minha mãe
Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...
Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: "vem por aqui!"?

Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...
Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.

Como, pois, sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...

Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátria, tendes tetos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...
Eu tenho a minha Loucura !
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...
Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém!
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.

Ah, que ninguém me dê piedosas intenções,
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou,
É uma onda que se alevantou,
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
Sei que não vou por aí!

"Cântico Negro" de José Régio

Desde há 8 anos atrás que considero este o meu poema de eleição.
Bom fim-de-semana

Há coisas fantásticas...

Estatuto do aluno? Ouvi bem?
Ná...
No meu tempo o nosso estatuto elevava-se, mais ou menos, ao nível dos tacos!E ainda bem que assim foi. Ao menos, nesse tempo, os gaiatos tinham respeito. Agora, tenho o prazer de lidar com uns artistas, que, por acaso me perguntaram se a "estória das reguadas era verdade ou não".
Afiancei-lhes que sim, que era...mas, saíram-se com uma pergunta engenhosa : " A teacher também as mamou?" (foi mesmo assim...intrépidos os gajos!)
Perante esta questão, pensei pedagogicamente (seja lá o que isso for) e respondi-lhe que sim...UMA VEZ SÓ!Calaram-se. Se tivesse dito que as levava a toda a hora perdia a moral.Resultou...até que a criatura se lembrou de perguntar: "Então e porque é que a Professora não fazia mapas de comportamento? Assim, a teacher (que domínio da língua...) sabia que se tinha portado mal e melhorava na aula seguinte...Né?"
Não, não é!
Zúlmira Xarepe...bbrrrr...até o nome arrepia! Quais mapas quais quê...
(sim, eu só descanso quando a Zúlmira me ameaçar...aí calo-me)

quinta-feira, 12 de abril de 2007

Carnaxide rules!

Fui hoje ver no site meter de onde é que o blog já foi consultado, e descobri que o people de Carnaxide tem muito bom gosto. É assim mesmo! E para que conste, não tenho lá primos...para não se armarem em parvos!

quarta-feira, 11 de abril de 2007

Humor de casa-de-banho

Quando se lida com moços pequenos durante todo o dia, passamos a achar piada a coisas assim...(mas é de partir a rir não é?) Cuidado...não façam muita força...

segunda-feira, 9 de abril de 2007

Ainda sobre a ida a Elvas...

Ora bem, embora não seja a maior defensora de Elvas, tenho a plena certeza que esta cidade tem muito a oferecer àqueles que cá habitam e àqueles que por cá passam. Tudo bem, por algum motivo não continuo a viver em Elvas. É um facto. Mas, no momento em que deixei a minha cidade via-a de uma forma bastante diferente. Agora, à distância de uns anos, consigo perceber esta terra de uma forma mais justa, valorizando aquilo que há efectivamente a valorizar.
Posto isto, tenho também que admitir que faço sempre a obrigatória passagem por Badajoz…aquela ida ao estrangeiro um tanto ou quanto azeiteira, mas que está inculcada em nós elvenses. Lá está, ouve sempre aquele hiperbolizar das qualidades referentes ao “nuestros hermanos” (já cá faltava a expressão cliché). Desde o modus vivendi dos espanhóis em geral às características físicas das espanholas em particular; já para não mencionar a velha questão das diferencias óbvias no que diz respeito ao nível de vida…
Enfim, quero com isto dizer que Elvas não se compara a Badajoz, porque não há comparação possível. Apesar de ambas as cidades estarem nas províncias mais pobres dos dois países, Badajoz é uma cidade mediana de Espanha, enquanto que Elvas é a cidade império Rondão de Almeida. Portanto, em Badajoz podem não ter o Coliseu, mas têm emprego. Desvarios de imperador.
Politiquices à parte, Elvas é uma cidade que tem vindo a crescer aos olhos dos elvenses: a cidade está cada vez mais bonita, mais apelativa e cada vez mais se nota que as pessoas começam a nutrir orgulho pela sua terra. Até mesmo eu, que nunca fui grande defensora, gosto mais da minha cidade agora que só cá volto de quando em vez.
Ora bem, o que quero com este post não é de todo enaltecer apenas as potencialidades desta cidade raiana…não…o quero é evidenciar a burrice dos espanhóis. Como disse há um post atrás, fui passar a Páscoa a Elvas e, evidentemente, fui dar umas voltas pela cidade (à procura de novas placas Rondão de Almeida).
Estava eu e o meu respectivo a tirar umas fotos à Sé e ao relógio da praça, quando fomos, literalmente, rodeados por um grupo de espanhóis em plena viagem turística, acompanhados pela guia. Com dez bancos existentes na praça, o belo grupo de espanhóis resolveu ficar exactamente a um palmo e meio do meu nariz…always look on the bright side of life, pensei eu. Pode ser que venha a aprender alguma coisa de útil com a visita guiada.
Portanto cá vai: a guia era de facto uma sumidade no assunto, dominado totalmente a história e idiossincrasia locais e cito (traduzindo simultaneamente): “Estamos aqui na praça de Elvas, o local que, enfim, comparado com Alfama, não tem nada a ver…”. AHHHH, a excelente lufada de burrice ao som de castanholas. Portanto, estamos conversados. Elvas até é uma cidade engraçadita, mas, temos que estabelecer um termo de comparação razoável…ALFAMA?
Adiante. (Adiante o caraças, só me apeteceu mandá-la passear, sussurrando…porque à distância a que nos encontrávamos era possível). Mas, aquela fonte de sapiência não se esgota. A amiga saiu-se com uma tirada ainda melhor que a anterior. Desta feita, resolveu elucidar os turistas relativamente ao local: “Aqui à frente encontra-se a Câmara Municipal…que…foi pintada e assim”.
Lá está, é por isso que as visitas guiadas são tão úteis. Porque os senhores guias conseguem ler as placas e identificar se uma fachada branca foi pintada de…deixa ver…BRANCO.
De seguida, chegou a uma conclusão sobre o comércio tradicional local: “Não se admirem se encontrarem as lojas fechadas, mas também não constituirá uma grande perda, porque quando se vê uma não se precisa de ver o resto, é tudo igual”. A verdadeira profissional na arte da aferição do óbvio.
Sim, em tempos, Elvas viveu do afluxo dos espanhóis ao nosso comércio, para a satisfação de uma necessidade básica: aquisição de toalhas de banho em doses maciças. Neste momento, feliz ou infelizmente isso já não acontece. Tornámo-nos um filho um pouco menos pródigo, talvez. E quanto ao comércio estar aberto no Domingo de Páscoa, nem sequer me vou alongar.
Conclusão: não gostam, não comam. Eu gosto, e faço a apologia da maneira que eu quiser, as vezes que eu quiser no meu blog. E escrevo em letras garrafais: EU GOSTO DO MEU ALENTEJO. E FALO ALENTEJANO E DIGO CAFÉI E LÊTE, COM MUITO ORGULHO POR AQUILO QUE SOU.
(para quem não percebeu, as últimas duas frases dirigem-se especificamente ao senhor anónimo que come borrego. Ah valente)

quarta-feira, 4 de abril de 2007

Amanhã vou para Elvas (para se repor a verdade)

Pois bem, o meu respectivo cônjuge resolveu escrever um post à socapa sobre a nossa ida para Elvas amanhã…ora toma lá a vingança…à socapa também…mas vingança.
A partida vai ter de ser feita de madrugada porque a criatura tem de passar SEMPRE por casa dos papás (…ok, é melhor calar-me, tens razão Sandra) e explicar todo o” programa das festas “ , não cheguei ainda a perceber para quê. Depois da pequena pausa de…vá lá 20m (para pôr a conversa em dia…desde a conversa telefónica do dia anterior) lá conseguimos retomar viagem rumo ao nosso destino.
A porcaria da estrada até entrarmos no Alentejo é uma valente trampa, já para não falar daquelas pontes do tempo da Maria Cachucha com largura para 1 carro de bois e um cigano (eu a querer mais festa) … depois, a muito custo, lá enveredamos pela estrada a caminho da mui nobre cidade de Elvas.
Para quem não sabe, e a bem da verdade, a Páscoa é, de facto, celebrada no Alentejo com grande pompa … o pessoal prepara um banquete envolvendo ensopado de borrego, assado de borrego, biscoitos, queijadas, enfim, um sem-fim de iguarias a enfardar num dia apenas! Viva a gastronomia alentejana!
Ora bem, por volta das 2 da tarde de amanhã já encontrar-me-ei a “tender os biscoitos” com a minha mãe ( e a comer a bela da massa crua…a preparar a bela a dor de barriga de Páscoa..igualmente típica)…depois de termos comido a bela da miga ao almoço.
Aquele cromo quis dar a entender que o que se come são as entranhas do borrego…está enganado. Essa era apenas a forma dos sogros retaliarem, como quem diz: “ah tu julgas que nos levas a filha assim às boas…espera aí que já vais ver o que é bom para a tosse!” E pronto, lá se vê o pobre a deglutir o belo do rim esquerdo do bicho…ah valente!
E foi assim que ele se provou merecedor de casar comigo.
(esqueci-me de mencionar que, ao longo da viagem, a minha sogra já ligou 2 vezes a perguntar se já tínhamos chegado)
No final desta epopeia, resta-me informar-vos que o meu sobrinho mais lindo completará 5 meses na sexta.

terça-feira, 3 de abril de 2007

e ao domingo ...não falta à missa!

Ontem, estava eu no Modelo, na zona do pão, e assisti a um dos momentos mais tristes da minha vida. No corredor para onde me encaminhava estava um senhor de meia-idade a ler um rótulo e, lá mais para o fundo, uma senhora numa cadeira de rodas, daquelas eléctricas.
Depois de me abastecer de latas de comida para o meu gato (ser sinistro que, sobre o qual, mais adiante me debruçarei), virei costas e saí do corredor para o corredor paralelo. A dada altura ouvi uma voz feminina balbuciar qualquer coisa. Não liguei e continuei a analisar a lista de compras. Voltei a ouvir a voz, mas, desta vez, percebi mais nitidamente um “se faz favor” um pouco arrastado e aflito (ou aflitivo). Lembrei-me então da tal cliente do outro coredor e fui até lá perceber o que se passava. E pronto, dei de caras com um valente estupor que estava a fugir, literalmente, da dita senhora enquanto ela lhe pedia “se faz favor”… ora, vim então a perceber que a senhora estava a pedir ao dito charolês que lhe alcançasse uma embalagem de uma prateleira de cima à qual, obviamente, não chegava, visto sofrer de uma doença que apenas lhe permite respirar e mover 2 dedos das mãos e um pé. Tendo em conta que não consegue expressar-se de forma normal, dadas as dificuldades a nível respiratório, o “senhor” não se deu ao trabalho de perceber o que lhe estava a ser pedido, respondendo “ não tenho trocos…”
Exacto, o homem julgou que a “desgraçadinha” LHE ESTAVA A PEDIR ESMOLA! Grande cérebro.
Para terminar, alonguei-me na conversa com a senhora (à qual preservo a identidade), primeiro porque tinha dificuldade em percebê-la e segundo, porque as pessoas portadoras de deficiência motora não são de forma alguma diferentes. Mas, sabem que mais, a história tem de facto um final feliz, a nossa heroína, dirigiu-se então ao senhor em causa, mais ao menos na zona dos queijos e afins e mandou-o levar na anilha e chamou-lhe tudo menos pai.
Não apetece rogar uma praga ao gajo e fazê-lo passar pelo que aquela senhora passa diariamente, nem que fosse por um dia apenas? Claro que apetece.