quarta-feira, 30 de maio de 2007

É de lá...

Hoje também estou de greve. Mas a minha greve é um tanto ou quanto paradoxal, isto é, como as auxiliares da cantina aderiram à greve, as outras auxiliares e os professores são impedidos de entrar na escola.
Adiante. Um dia destes a meio da semana até sabe bem.

Decidi dedicar esta folga para pôr as coisas da casa em dia(aquela pilha de roupa por passar estava a ficar com um ar bastante ameaçador....) e para me esparramar no sofá até às 4 da tarde, hora da explicação.

Isto era tudo muito bem pensado, não fosse o pessoal do retransmissor da RTP ter dado de frosques também. Desde perto da hora de almoço que a actividade televisiva aqui de casa se resume aos outros 3 canais.

Quando liguei a televisão para me entreter enquanto passava a ferro a roupa, apercebi-me que só conseguia ouvir os apresentadores da Praça da Alegria, peguei no comando, de forma resoluta, mudei de canal e voltei à RTP e a situação mantinha-se. O marido entretanto acordou e conseguiu pôr a televisão a funcionar.

Alegria, alegria! Já não tinha de gramar com o Goucha ou com a Fátima Lopes!

No entanto, desde a uma da tarde, a RTP foi-se.

"É de lá" disse eu quando me apercebi que só a RTP é que dava mostras de alguma afecção. Olhei para o respectivo e largámo-nos a rir. "É de lá" é, de facto, uma expressão que guardo com muito carinho desde a mais tenra infância.

Associo esta expressão a uma época em que nos sentíamos impotentes face aos acontecimentos que surgiam nas mais variadas faces da actualidade. O telejornal dava mostras de um Mundo ameaçador, pelo que, nós, Portugueses, recolhiamo-nos à nossa insignificância. O mesmo se aplicava ao mau-funcionamento da televisão: desligávamos o aparelho e afirmavamos convictamente que era mesmo de lá. Numa atitude parecida à de Pilatos, lavavamos as nossas mãos da situação e aguardávamos calmamente por uma melhoria na recepção do sinal...

Às vezes, quando estou a ver o "Conta-me como foi" fico a pensar nas verdadeiras diferenças que nos separam, e não me refiro à existência da TV ou ao regime vigente, refiro-me à nossa mentalidade. É, mesmo, de cá.

segunda-feira, 28 de maio de 2007

É que não há nada melhor...


Sabem o que é que eu quero mesmo, mesmo, mesmo?

Que o dia de ontem se repita por muitos e bons anos.

Para o P: sabias que há comprimidos para isso?:) (ouvi dizer que o TOICINHO faz bem)

Para o C: Eu cá tou habituada a latas velhas, essa história de direcção assistida é para capitalistas...:)

Para a S.:Ou deverei dizer "Caracol"...epa, aquilo é que foi "Uma aventura"...

quinta-feira, 24 de maio de 2007

Vou ser sempre assim...

A Stôra lançou-me um desafio, mas como já o tinha feito, escolhi o outro. Portanto, cá vai disto:

Eu quero: ter vida para ter um filho.
Eu tenho: o melhor marido do mundo.
Eu acho: que poderia fazer mais e melhor…se me deixassem.
Eu odeio: gente que maltrata animais e o seu semelhante.
Eu sinto: saudades da casa dos meus pais.
Eu escuto: tudo. Depois apago o que não me interessa.
Eu cheiro: a Nívea body milk.
Eu imploro: saúde para a minha família e amigos.
Eu procuro: estabilidade e felicidade.
Eu arrependo-me: quando sou injusta.
Eu amo: viajar e rir.
Eu sinto dor: quando sou eu a injustiçada.
Eu sinto a falta: das brincadeiras com o meu irmão.
Eu importo-me: quando sinto que alguém de quem gosto não está bem.
Eu sempre: solto um guincho a cada soluço.
Eu não fico: à espera que me bajulem. Bajulo-me sozinha.
Eu acredito: que mais cedo ou mais tarde tudo vai melhorar.
Eu danço: sempre que posso.
Eu canto: …dartacan, dartacan, corriendo gran peligro, dartacan, dartacan…
Eu choro: muito. Mas não gosto de chorar.
Eu falho: muitas vezes em muitas coisas.
Eu luto: contra os meus medos.
Eu escrevo: o que me apetece, sem pretensões.
Eu ganho: pouco.
Eu perco: a paciência muitas vezes.
Eu confundo-me: com as pessoas e depois arrependo-me.
Eu estou: com fome!
Eu fico feliz: quando estou com os meus AMIGOS.
Eu tenho esperança: que a Ministra da educação venha a abraçar a sua verdadeira vocação: doméstica (Sem menosprezo pelas mesmas, afinal a minha mãe é uma delas, e das boas!).
Eu preciso: de calma.
Eu deveria: comer menos pão.
Eu sou: simples.
Eu não gosto: de pessoas complicadas…ou que complicam.

quarta-feira, 23 de maio de 2007

Não é justo passar por isto todos os meses...e não me refiro à falta de dinheiro

Esta altura do mês não é fácil para nenhuma mulher...(Ninica, estás de acordo?)

Eu sei que devia fechar-me em casa nestes dois ou três dias em que ando insuportável, mas o que querem? Não sou rica, logo, tenho mais é que tomar uma caixa de Triffene e é aguentar e cara alegre.

O episódio de hoje é um sinal de que a tal lei inglesa que dá a possibilidade das mulheres faltarem ao trabalho alegando Síndrome pré-menstrual é, de facto, visionária e muito bem esgalhada.

Passo a explicar:

Espaço: sala de uma turma de 1º ano
Tempo:15h30m
Intervenientes: Eu e a Psicóloga da escola

- Boa tarde.- digo eu, com um evidente mau-humor ao entrar e a dar de caras com a amiga psicóloga a confortar o demónio que esborracha caracóis.
- Olá!-diz-me a amiga dos pobres e oprimidos- Hoje tem cá uma aluna nova! -ihihihih hilariante, penso eu.
- E a aluna tem um problema na tiróide não?

Guilty pleasures

1- Ouvir a balada "Temporal de amor" da dupla Leandro e Leonardo ( é ver-me suster a lagriminha...)

2- Ter uma linguagem parva com o meu marido que só nós compreendemos (TINHO!)


3- Receber o DVD do filme da série Fame sem qualquer tipo de pejo pelo que possa acontecer à minha reputação de pessoa cool.


4- Ver a Eurovisão e gostar. (e escusam de vir para cá com " ah e tal e a Sabrina" porque já me enervei o suficiente a ver aquela aventesma a besourar no palco)


5- Comer o chantilly pela embalagem...(eu sei, é um nojo, mas sabe bem)


6- Buzinar às velhinhas. (se me estão a ver porque é que se metem à estrada for fuck's sake)


7- Rir-me quando o sr. apresentador fica "pendurado".


8- Ver telenovelas com criancinhas deficientes e ficar com a lagriminha ao canto do olho.


9- Se pudesse não largava o fato-de-treino...e não é por treinar muito.


10- Gosto de fazer perguntas difíceis ao meu marido do género: "Achas que estou gorda?" só para ver a resposta e ver como se desenrasca...se disser que não: "Mentiroso dum raio...tu não vês que eu pareço uma baleia? Tás a ouvir? Larga o computador! (nova briga)" . Se disser que sim: "Insensível da merda! Se calhar aquela estúpida com quem tu andaste era mais magra não?" and so on, and so forth.


11- Dizer mal dos psicólogos (se houver por aí algum não se sinta lesado...ehehehehe)


12- Ouvir as conversas dos putos sem eles se aperceberem.


13- Conversas parvas no messenger.


Fico pelo TREUZE.

O número TREUZE!

Eu não me considero, de todo, uma exímia na arte de bem usar a Língua Portuguesa. Não tenho pretensões dessas.
Eu sei que a pronúncia alentejana não é de todo meiguinha para a correcção que a nossa língua merece.
Eu digo: lête, espeto com um ê em todas as palavras terminadas em "...er", do género, tu queres verê...
Eu sei que quando estou com os azeites falo de uma maneira que o pessoal à minha volta (os não-alentejanos) não percebe ponta de chavelho ...

Mas uma coisa é certa, faço um esforço enorme, no sentido de utilizar o dito Português-padrão em contexto de sala de aula. É o mínimo que se deve fazer, a bem da nossa língua.

Eu sei isso tudo.Mas, digo eu, dizer TREUZE sendo jornalista é um bocadiiiinho mau, não é?
Se há coisa que me tira do sério é a porra do TREUZE...brrrrr, mas qual TREUZE???

terça-feira, 22 de maio de 2007

Sou pobre mas asseadinha...

Hoje no sociedade civil fala-se de pirataria. Ah e tal não se deve piratear...

Ora bem, eu cá sou tão pirata, mas tão pirata, que só me falta a perna de pau, portanto, meus amigos a mensagem que eu gostaria de deixar é que, se não fosse por esta minha veia pirata, não teria curso e seria uma total analfabeta a nível de música e cinema. E porquê? Porque não tenho dinheiro para andar a gastar em tudo aquilo que gostaria. Há males maiores com que a sociedade civil (que não o programa) se tem de preocupar.

Ainda me lembro do dia em que tive de comprar a Nova Gramática do Português Contemporâneo do Lindley Cintra...bom, durante uns meses andei a chorar o dinheiro, porque dispor de 6 contos na altura era um balúrdio...bom, ainda é, pelo menos para mim.

Mas como achei que era uma obra necessária (e nunca se sabe se poderia vir a ser acometida por ataques de insónia ou de cães violentos...era cá um calhamaço...) lá pedinchei o dinheiro aos meus pais e adquiri a Bíblia dos geeks e ratos de laboratório.

Uns meses mais tarde, emprestei-a a uma colega e nunca mais a vi. Segundo ela, eu não tinha emprestado nada. Pronto, rebelei-me contra o sistema, comecei a vestir de preto e a domesticar corvos ( ao fim-de-semana sacrificava uma ou duas galinhas pretas) e vai de FOTOCOPIAR com fartura. Sim, que eu sou uma REBELDE! Não se metam comigo.

Depois, e devido a uma Educação cristã e não sei quê, juntei-me novamente ao Lado Bom da Força.

Infelizmente, tal como nos filmes, a mocinha é sempre tentada e não sei quê...pois bem a mim não foi a tentação que me lixou...foram os assaltantes que resolveram levar-me o ambipur do carro e uns bons 300 cd's ORIGINAIS. Já agora, amigo de etnia cigana, se me estás a ler (duvido...para as vezes que metes os pés na escola...) aconselho-te a OST de O Piano e algumas da Beth Orton do Central Reservation. O marido aconselha os 3 cd's de dEUS que tinha acabado de comprar por 60 euros após grandes discussões e noites dormidas no sofá...3 dias antes.

No entanto, e como o Euromilhões tarda a chegar, continuo a fazer downloads e a gravar cd's e dvd's. Mas, prometo, quando eu deixar de ter problemas quando consulto o Multibanco começo LOGO a comprar originais.

Já mencionei que o "300" do Frank Miller é BRUTAL? Pois, é que dinheiro para gastar em cinema não tenho, mas o portátil até tem memória com fartura.

Já agora, o portátil ainda está a ser pago. Pelo que escusam de vir para cá com "se tens dinheiro para ter o portátil...". Já para não mencionar que é um instrumento de trabalho absolutamente indispensável.

Haja pachorra...

Hoje é dia de Provas de Aferição.
Apetece-me dizer que é Dia da Treta.

domingo, 20 de maio de 2007

Gostaria de partilhar que...

Não, não é um desafio daqueles...não.
Queria apenas fazer referência a algumas coisas que me passaram pela cabeça durante este belo fim-de-semana:

1- A questão da menina desaparecida é comovente,de facto, e cada pessoa lida com a dor da maneira que quer ou consegue. Ora, nesta ordem de ideias, faz-me confusão que a mãe da menina tenha pachorra para lacinhos no cabelo e que tenha posado para revistas com os filhos...tipo, como se não se passasse nada! Ah e tal, é o voltar à normalidade...mas qual normalidade???

2- Os romenos, coitadinhos, vendem pensos e almanaques e o c$#%&/ a quatro porque têm de sobreviver...ah e tal, porque são alvo das máfias...ah e tal tentam chegar-nos ao coração fingindo deficiências que não têm....moem-nos a cabeça diariamente com pedinchices...pronto ok sou eu que sou muito pouco altruísta e vou para o inferno. Mas, pergunto eu, porque raio é que as mesmas pessoas maltrapilhas vão beber café e fumar no café da esquina? Pronto, ok, as esmolas rendem. Mas, então e se vos disser que vi os mesmíssimos maltrapilhos a comprar 2 telemóveis???Hein?Coitadinhos...

3- Os homens são mesmo piegas.

4- Às 9 e tal da manhã de hoje alguém resolveu tocar à campainha...e tocou e tocou até que se cansou porque é preciso ser anormal ou testemunha de jeová para fazer uma coisa jeitosa destas.

5- O que me dá alento para a semana que se aproxima é passar a tarde de sábado na companhia dos AMIGOS...e rir até doer a barriga e as bochechas. Não há nada melhor. No próximo fim-de-semana temos road trip até ao Alentejo...

sexta-feira, 18 de maio de 2007

O meu marido ou o Ayatollah Coruchense

Hoje estou afónica. Meus amigos, não há tortura pior para uma tagarela como eu.
Já experimentei uma mistela esquisita de mel, limão e vodka que apenas me provocou dores de barriga e lágrimas nos olhos, pelo que aguardo receitas vossas, que, por favor, me ponham a falar.
Não sei se já menconei que tenho uma sorte macaca...pronto, tenho. Para ajudar, hoje, a colega do Jardim de Infância faltou porque o carro berrou e mais não sei quê, pelo que lá fui eu segurar a coisa...enfim, foi triste de ver, eu a tentar projectar a magnífica voz a cantar a canção:"There´s a blue armchair in the living-rooooom!" e era vê-los a correr para a porta...Houve lá uma que levou a aula com o vestido puxado até ao pescoço por causa do calor e, à socapa, tentava puxar o meu vestido para cima também...não foi fácil.
Mas isto melhora. Há bocadinho, o meu rico marido (que me preparou a tal mistela) disse-me com um sorriso de orelha a orelha:"Agora, vais ficar caladinha para ver se melhoras...". Eu deixei passar a piadinha parva.
A seguir não teve tanta sorte. Disse-me assim: "O que tu fazias bem, visto que não conseguimos conversar, era ires passar a ferro."

E pronto, ganhou um bilhete de ida para o sofá.

E escusas de vir para cá com conversas que vais logo de carrinho!

quinta-feira, 17 de maio de 2007

Por baixo de uma burkha...

Ando há já algum tempo a congeminar um post sobre o que é para mim um blog. Umas vezes dá-me para pensar que é uma terapia, outras penso que é um diário, outras um instrumento de comunicação puro e simples. A cada post serve um propósito diferente.

Hoje, esta minha indecisão desapareceu, tudo graças a uma notícia de hoje do Diário de Notícias.
Existem 700 mil blogs escritos em farsi-língua oficial do Irão- e metade deles são escritos por mulheres.

É fantástico não é?(esta expressão tornou-se mesmo parva) É que, se calhar para nós (incluo no pronome os bloggers dos links e outros que costumo visitar), que usamos os nossos blogs como forma de expressão, esquecemo-nos que, noutra parte do Mundo, este nosso exercício catártico algo fútil , constitui o único momento de Liberdade de outros.
Nós entramos em picardia por colorações que correm mal (enfim, gajas...) nos blogs que criamos. Em oposição, estas mulheres podem enfrentar penas de prisão de 6 meses a 2 anos por escreverem alguma coisa contra o regime vigente. Já para não falar na questão do apedrejamento...

quarta-feira, 16 de maio de 2007

Junho...esse oásis...

Ontem, uma cândida criança de sete aninhos, sete, estava à espera da professora de Inglês à entrada do bloco. Eis senão quando, começa a emitir uns sonzinhos giros, giros, que se pareciam bastante com o meu gato a vomitar a bela da bolita de pêlo.
Os prezados leitores devem calcular a cara de horror da professora quando a menina de saia rodada e sandálias cor-de-rosa largou uma valente GOSMA para o chão, limpa a boca às mãos e continua a conversa com a coleguinha da frente, igualmente horrorizada.
Já se sabe que a professora em questão tem um problema grave: não consegue deixar passar atitudes pouco próprias, pelo que fez a pergunta que não devia."Ó "coisa e tal" tu não sabes que aquilo que acabaste de fazer é uma porcaria?" Ao que ela diz placidamente:" Não é não. Eu já vi a professora "coiso e tal" fazer isso muitas vezes. E a minha avó também..."
Pelo que a professora, vossa serva, rendeu-se às evidências e seguiu para a sala, resignando-se aos seus recibos verdes e imaginando a avulatada soma de lenços de papel que a professora "coiso e tal" poderia comprar com o seu ordenado chorudo. É que isto de ser Professora Titular (adoro a designação...) tem as suas vantagens: manda-se bitates para o ar sobre o trabalho dos outros à espera que os outros se ajoelhem em adoração, come-se de boca aberta e fala-se alto de maneira que as pessoas à volta têm de fintar os gafanhotos...enfim...uma pessoa totalmente capaz de educar as gerações vindouras..´
É por estas e por outras que, muitas das vezes, me aborrece um bocadinho lidar com estas pseudo-educadoras da treta.

Já se calavam

Eu tenho feito muita força, mas muita força mesmo para não dizer mal do anúncio do TRIM, TRIM, TRIM...mas está a ficar complicado.

segunda-feira, 14 de maio de 2007

O Pai Natal está no Céu com o Frederico?

A última aula do dia foi qualquer coisa de surreal. Aliás, no decorrer da aula, eu só pensava: "Que belo post que isto vai dar..."
Então cá vai.
A bela da criançada hoje andava muito agitada porque um dos meninos do 1º ano se tinha cortado todo numa porta de vidro (duplo...) , pelo que resolvi ler-lhes uma história de um dos livros que tinham ido requisitar à Biblioteca Escolar. O livro que escolhi tinha o título: "Quando estou triste". Considerei-o adequado e lá comecei a ler.
A dada altura, e para que eles explorassem os motivos que lhes causam tristeza, o autor resolve enumerar os motivos pelos quais os meninos choram, que são: os amigos não gostarem de nós, os pais zangarem-se e...a morte de alguém querido. E foi aí que tudo começou.
Ora, logo a abrir as hostilidades ouve-se lá do fundo : "O meu avô Tonho morreu...snif, snif" e eu a ver a minha vida a andar para trás. Pelo que enceto uma conversa com a miúda de forma a saber quando é que o senhor tinha falecido e a relação deles ao que ela me responde lavada em lágrimas (e ranho e coiso e tal...) que não o tinha conhecido. Bom...ok...fui desviando a atenção para outra coisa e ela parou de chorar. Entretanto, como uns quantos tinham ficado com um ar de "mas que raio?" resolvi explicar-lhes que quendo morremos a nossa alma (que eu chamei outra coisa, e me enrolei toda) vai para outro sítio e ficamos todos juntos para sempre. E lá começa outra vez a outra piquena a choramingar:"Então e o meu avô Tonho está lá?"
Ao que eu respondo que sim e que a está sempre a ver...nisto sai-se um lá do fundo que diz: "É como o Pai Natal!!!" Pois...esta aqui foi da minha autoria...por altura do Natal e para os manter quietinhos disse-lhes que o Pai Natal tinha instalado câmaras na escola e que os via a toda a hora...grande bronca!
Bom, como se não bastasse, o Frederico não sei quê da Floribela bateu a bota e ao que consta aquilo era só fadas e não sei quê...mais uma dor de cabeça...é que eu tive o azar de perguntar: "mas qual Frederico?"...Eis senão quando, aparece-me a fã número 1 ao meu lado esquerdo a explicar-me o enredo todo do Conde que mandou o não sei quê para um orfanato e....bem, um desatino! Entretanto a outra continuava a chorar por causa do avô que nunca viu...para complicar, uma outra criatura dá em chorar também por causa dos bichos-da-seda que o demóniozinho da turma tinha esborrachado na semana passada...enfim...estou com a cabeça em água.
E para quê?
Para os gaiatos terem ficado a pensar que quando morrem vão ter com o Pai Natal que é voyeur e está no céu. Quer dizer, qual céu? Eu nem disse céu. Disse outra coisa qualquer!

Sónia Araújo, essa intrujona capilar

Eu pertenço áquele grupo de pessoas que assim que vê uma promoção no hipermercado não pensa duas vezes. "Leve 1 detergente para a máquina de lavar-loiça e receba totalmente grátis um conjunto de palitos de design Tomás Taveira" e eu compro, mesmo sem ter máquina da loiça...é um problema de gaja tenho impressão. O marido diz que é maluquice, esbanjamento e tal. Eu, tenho para mim, (fica tão bem) que, nós mulheres, temos mesmo uma capacidade incrível de detectar pechinchas e pronto. Ah pois, é que o menino gosta de t-shirts com mensagens e não sei quê, mas eu é que ando de rabo para o ar à procura em plena Pull and Bear no meio de um grupo que não sabe o que é o desodorizante...bom, adiante.

Bom, esta semana deu-me para pintar o cabelo...mas eu como sou poupadinha(toma!) vou ao hipermercado (pois sim, aqui na terra é mais mercearia...), compro, ponho e já está a coisa despachada. Poupo um balúrdio. Ora, tendo em conta que sou uma vítima do marketing, pus-me para lá a escolher a que tivesse um ar mais compostinho. Eis que me aparece a fronha da Sónia Araújo ( que desde que ganhou o Dança Comigo não pára na canasta), e eu, esperta como o raio pensei: é esta que vai, vermelho profundo(seja lá o que isso for) da Nutrisse. Sim, porque a Sónia Araújo é uma moça bem-formada e não diz mentiras...e se ela diz que aquilo é bom, é porque é. Bardamerda!

Pintei o cabelo na sexta e até hoje continuo a deixar as toalhas encarnadas (profundo...), a banheira encarnada(profundo...) e o cabelo emana um cheiro a químicos tal que o gato foge de mim a sete pés ...uma beleza.

O que é que eu aprendi com isto?

Nada...é que a coloração trazia totalmente grátis uma embalagem pequenina de Fructis...que eu não uso porque me cria dermatites e não sei quê...mas era grátis!

Resta dizer que o cabelo está tudo menos vermelho profundo...está assim para o grená...


Morsa, este é o meu même...danada com o dinheiro que gastei em vão...

sexta-feira, 11 de maio de 2007

Mais uma voltinha, mais uma viagem...

Então lá perdemos outra vez a Eurovisão não?
Desde que me conheço que a noite da Eurovisão é sagrada. A de ontem não foi excepção. É a minha veia masoquista.
Ora o encanto festivaleiro vem de família. A família jantava mais cedo que o costume para estarmos preparados para o momento de mandar larachas sobre as canções a concurso. Nessa altura as canções eram interpretadas nas línguas maternas dos cantores, pelo que ouvi-los dizer mushu mushu strikiti no refrão era uma barrigada. Agora cantam as canções em três idiomas diferentes...parece-me um bocadinho estúpido e redutor mas se calhar sou só eu.
A nossa canção deste ano foi composta pelo Emanuel e interpretada pela Sabrina... evidentemente que nada de bom poderia dali advir. Mas o Português é sofredor e insiste.
Agora a questão que eu levanto é: se o Emanuel diz que só compõe pimbalhices porque é o que vende, porque carga de água é que Portugal se apresentou com uma música pimba na eurovisão?Se o homem é um virtuoso da viola, como afirma, se calhar podia ter posto o génio em prática, em vez de termos ido fazer figuras tristes!


ps: já agora, foi notória a discriminação que sofremos no que diz respeito ao usufruto do ventilador. Quer dizer, o pessoal de Malta, Moldávia e rebéubéu teve direito ao ventinho no trombil, e nós não!
Isto é tudo uma cabala.


quinta-feira, 10 de maio de 2007

As saudades que eu já tinha...

Como já tive oportunidade de referir há uns posts atrás, sou uma espectadora atenta do sociedade civil, a não ser que o tema me seja totalmente distante. Ontem discutia-se a saída, cada vez mais tardia, dos jovens de casa dos pais. Os convidados eram 2 psicólogas ( os meus queridos amiguinhos) e a Ana Brito e Cunha. Basicamente chegou-se a uma conclusão que em nada me surpreende: o pessoal não sai de casa dos pais mais tarde por gosto, mas por contigências da vida. A Aninha é uma gaja muito à frente: ora a menina mora, não com a mãe, mas numa casa da mãe! E diz que prefere que assim seja porque gosta muito dela e tal...ora bardamerda não é? Ela não gosta mais da mãe dela do que eu da minha...a questão é que a menina não gosta nada de pagar as continhas ao fim do mês nem de fazer a transferência para o senhorio, além de que o supermercado não deve ser o local mais glamouroso onde se possa ir...sim, porque a desgraçada da mãe ainda lhe passa a roupa a ferro!Inveja do catano.

As psicólogas puseram-me os nervos em franja com as "questões afectivas". Custa-me imenso estar longe dos meus pais, mas não trocava a minha casa por nada.

Mas agora é que a porca torce o rabo! A Ana Brito e Cunha é uma betinha sem esperança a atirar para actriz modernaça, isso já a gente sabe, mas, então e se eu vos dissesse que o Sam the kid mora com a mãezinha?? Ah pois é!!!! Eu fiquei absolutamente estarrecida. A reportagem mostrou o quartinho do Eduardinho o menino, recheado de parafernália à la rapper e tal, com posters do próprio e tudo...mas em casa da mamã. Ah pois, que o gajo é para a frentex e tal, mas não dispensa o leitinho morninho antes de ir nanar.

Para um gajo que critica o pessoal que canta em Inglês...olha que morar com a mãe tem uma moral do caraças. Ó amigo, veste umas calças compridas, finge que és homem e sai de casa.



PS: Já agora, aqui ao lado está o meu protesto silencioso quanto às lides domésticas. É que eu não gosto nada da minha mãe e resolvi ir viver a 200km de distância. Pelo que sou eu que passo a minha roupa e é se quero!



quarta-feira, 9 de maio de 2007

No tempo em que os putos estavam calados...

Hoje o dia está a correr bem. A turma mais fraca que tenho, e que é considerada a mais problemática da escola, surpreendeu-me pela positiva: sem ter sido necessária uma intimação da minha parte, os miúdos enunciaram todo o vocabulário apreendido desde o início do ano. Fiquei mesmo muito orgulhosa. Sempre acreditei que eles têm tantas capacidades como os outros, embora com vidas difíceis e falta de apoio (dentro?) fora do ambiente escolar. A turma tem 16 alunos e TODOS têm acompanhamento psicológico...que é como quem diz, o sô dôtor interrompe as aulas para ir buscar os miúdos à sala. Passados 20 minutos vem buscar outro...enfim, é o sistema que temos. Resta acrescentar que isto acontece uma vez por semana, o que, como devem calcular, não faz diferença nenhuma no comportamento dos miúdos. Para não dizer que vêm pior.
Mas não é o comportamento que me afecta, aliás, é, mas já sei que não vale a pena lamuriar-me...o que, de facto, me tem vindo a fazer pensar é o método de trabalho utilizado pelos miúdos.
Quando eu tinha a idade deles não gostava de estudar, da mesma forma que eles não gostam. Nunca fui uma aluna brilhante. Nessa época (que nem foi há muito tempo) nós eramos sujeitos a um elevado grau de exigência a todas as disciplinas. De uma maneira ou de outra percebíamos a importância do nosso trabalho para atingir os nossos objectivos fossem eles mais ou menos elevados.
Depois estudei a pedagogia toda e os métodos todos e cheguei à conclusão que a melhor maneira dos meninos aprenderem é, de facto, a abordagem pelo jogo. E andei enganada uma carrada de tempo...
Ora isto é tudo muito giro quando lidamos com crianças habituadas a determinadas regras de funcionamento na sala de aula...é que, diga-se de passagem, ensinar-lhes as funções corporais aos pulos numa turma de índios tem qualquer coisa de suicida...
Esta teoria assenta no princípio que as crianças aprendem melhor se não se aperceberem que estão a aprender...e como não percebem que estão a aprender não estudam...
Há uns anos isto pareceu-me uma verdadeira descoberta. Agora, depois de o ter comprovado, parece-me um chorrilho de tretas de alguém que não esteve NUNCA em frente a uma turma de miúdos sem regras de convivência.
E porque é que hoje me picou a mosca para este lado? Porque tive o azar de dizer " substantivo"... e responderam-me um sonoro "quê???"...é que as criaturas não percebem nada de nada e quando algum dos professores lhes tenta ensinar alguma coisa " a mais" eles acham que não é preciso.
Lá está. Apetece-me chamar BURROS a quem nos proíbe de stressar as criancinhas com o imperativo: "Estudem"...não são os alunos que têm culpa da ignorância a que estão votados somos nós (grupo em que me incluo) que baixamos a calcinha aos psicólogos e às directivas do Ministério.
Ontem, um que foi à terapia da fala, entrou a meio da aula. Uma colega diz assim: "Ó teacher, ele está na fisioterapia porquê? Está trámatizado?"

terça-feira, 8 de maio de 2007

Qualidade de vida o catano!

Quem vive numa terra pequena como esta tem de se habituar a cenas bastante inusitadas. Ontem foi a aventura da compra do Público. O belo do casal armado em saudável resolve ir a pé para a escola, entretanto, à saída, ao invés de andar os 200m de regresso a casa tem de passar por cada canto da vila que, a pé e com o calor que se fazia sentir, mais parecia o Sahara.
Hoje, são 14h e não há água. Nada de estranhar, visto que ontem aconteceu o mesmo: ao passar em frente a uma bomba-de-incêndio escancarada e a jorrar água até à berma oposta pareceu-me logo que havia buraco. Ontem passou, pronto, pensei que fosse algum acidente de percurso de alguma obra mal pensada. Mas hoje aconteceu o mesmo. Sem qualquer aviso prévio, a não ser a famigerada bomba novamente a gastar água à parva.


Foi demais. Pelo menos desde o quarto para o meio-dia que isto estava assim. Isto de lavar a alface e fazer arroz com a água que estava no frigorífico é estúpido. Acabei de fazer o almoço (a pilha de loiça mantém-se no lava-loiça) e atirei-me ao telefone. A criatura do outro lado atendeu mesmo sendo hora do almoço! Ao menos isso. Quando lhe perguntei o que se passava com o abastecimento de água na minha casa responde-me que houve um corte que afectava a minha rua e mais 2, das 9 da manhã às 3 da tarde. Até aí já eu tinha chegado. Então repliquei que, tipo, convinha avisar a população afectada, porque era hora de almoço e não sabia que iria faltar água. Ao que ela me responde que a população tinha sido avisada ontem com um aviso que foi distribuído pelas residências dessas 3 ruas. Ora se eu lhe disse que não tinha sido avisada...se calhar não recebi o aviso, digo eu. Respirei fundo, contei até 10 e agradeci a fabulosa informação que esta funcionária da Câmara tinha acabado de me ceder.


Agora vou pôr os pés ao caminho para pedir o reembolso do almoço ao Sô Presidente por não ter tido condições de o preparar em casa. E entrego-lhe uma resma de papel para que, para a próxima, eu tenha direito a aviso de suspensão do serviço de abastecimento de água.

segunda-feira, 7 de maio de 2007

Onde é que as queres levar???

Ando há algumas semanas a seguir mais uma série, desta feita na TVI...a série em questão chama-se Heroes (leia-se hiros). O enredo gira em torno de um grupo de pessoas que, por alguma razão que desconheço, ganha super-poderes. Uma regenera, outro lê pensamentos, outro voa, outra tem dupla personalidade e ainda há um que adivinha o futuro.
E foi então que me pus a pensar: se tivesse hipótese de ter um super-poder qual escolheria...


O ideal seria juntá-los todos...isso é que era a loucura! Mas deve haver alguma lei qualquer que o proíbe, portanto, de todas escolheria a possibilidade de parar o tempo e viajar no tempo...um 2 em 1 que deve ser espectacular (esqueci-me de mencionar que também há uma personagem com este poder). Imaginem as vezes em que estamos quase, quase a mandar alguém para o c%$Y$# que o fY$#%#...mas...TCHANAN!... a colega de trabalho cala-se com as tretas do costume de rato de laboratório...e aproveita-se a paragem para respirar fundo pregar uma valente chapada na interlocutora de há instantes e ...TCHANAN...retoma-se onde se parou a conversa mas já com a outra bem aviada! Que dizem? hã? Uma visionária é o que eu sou! É que assim poupavamo-nos a muitas chatices e ganhávamos em gargalhadas. Tem tudo de positivo.


Quanto a viajar no tempo serviria para variadíssimos propósitos: voltar ao tempo de estudante quando a vida real começa a massacrar, voltar atrás ao dia em que disse " Eu cá gosto do Sócrates..." e auto-flagelar-me como os Filipinos, e, ainda andar 26 anos para trás e meter juízo na cabeça de quem me deu o nome...


sexta-feira, 4 de maio de 2007

Deus me dê o que eu não tenho:paciência

Notícias de hoje: uma menina inglesa de 4 anos desapareceu do quarto de hotel onde estava na companhia dos irmãos gémeos de dois. Os pais estavam no restaurante do resort algarvio onde estavam hospedados. Uma vez que se encontravam a alguns metros do quarto, a mãe, verificava de meia em meia hora se as crianças estavam bem. Na última vez que se dirigiu ao quarto verificou que a filha mais velha tinha desaparecido.
E digo eu, não terá sido um pouco displicente deixar 3 crianças sozinhas num quarto de hotel à noite para ir jantar fora com os amigos?É um bocadinho, não é?


No sociedade civil de hoje debate-se a questão da qualificação profissional das pessoas que abandonaram os estudos. Soa-me a uma valente treta. Custa-me um bocado que os meus pais se tenahm esfolado a trabalhar para me dar um curso superior e que eu continue a ter uma vida instável de ano para ano. E, pior ainda, quando não fiquei colocada enviei currículos para todo o lado e debati-me com a questão das habilitações "a mais"... ora se quem tem estudos não se safa vão agora dar décimos segundos à maluca com base em meia dúzia de testes, para quê?
De facto, quem tem o 12º ano safa-se melhor que um licenciado. Basta.me olhar para a minha turma do secundário. O que é certo, é que, se fosse hoje, não teria escolhido o mesmo curso. Tinha mandado a vocação ganhar a vida sozinha e tirava um curso daqueles que não são nada mas que dão para tudo. Enfim...



Hoje baptizei de "efeito peta-zeta" àquele sentimento de raiva e impotência que, muitas vezes, se apodera de nós quando percebemos que lidamos com pessoas muito reles. Isto é, queremos falar, mas sabemos que se o fizermos damos os trunfos (e importância a mais) ao inimigo. E roemo-nos por dentro.É o que eu digo, qualquer dia faço como o outro da Virginia...

Bom fim-de-semana

quinta-feira, 3 de maio de 2007

Uma fonte de sabedoria ou Carlos Castro em acção

Por volta das 12h45 de todas as Quintas-feiras, tenho reparado que é costume a RTP entrar num momento à lá twilight zone, que é como quem diz, o amiguinho Carlos Castro- esse grande opinion-maker da nossa praça- tem os seus 15 m de tempo de antena semanais. E o que é que eu deveria fazer assim que se ouve o famigerado jingle a anunciar a entrada da personagem?
hipótese 1- desligar o aparelho de televisão (gosto de dizer aparelho)
hipótese 2- procurar desesperadamente o comando
hipótese 3- esperar para ver
Normalmente espero para ver com que maravilhoso comentário aparvalhado e arrogante é que ele vai brindar estas nossas mentes sedentas da sua verborreia.
É um risco, bem sei. Arrependo-me 3 a 4 minutos depois de ele começar a falar, é um facto. Mas o que é que querem, acho impagáveis as caras dos apresentadores quando ele pensa que acabou de nos revelar uma verdade indiscutível sobre uma dondoca qualquer das revistas. Tipo: "Então e vá?".
Hoje resolveu afiar a língua (vieram-me à ideia uns quantos trocadilhos..mas não vou ceder) para o lado do Camané... Coitado do Camané, até estava a ter uma carreira tão profícua...mas, claro que agora, depois da crítica incisiva do Carlos Castro nada voltará a ser como dantes!
Temos, de facto, perante nós, uma pessoa extremamente observadora. E , para o caso de ainda não terem reparado nisso ele faz-nos reparar com comentários subtis " Eu cá sou muito observadora...digo, observador!"e vai de nos alumiar o caminho até à 1 da tarde com o seu trunfo fantástico. Agora que já estão todos ansiosos (ou não) por saber a pérola que ele resolveu atirar hoje cá vai: ora o Camané, ao que parece, tem um espectáculo no S.Luiz em que canta temas de Jobim, Aznavour, Sinatra e mais uns quantos clássicos. Escusado será dizer que a tarefa não será fácil. Tendo em conta que se assume fadista e por estar a interpretar temas em, pelo menos 3 línguas...mas isso somos nós, energúmenos, que achamos. O nosso cronista (alcoviteiro cá p'ra mim...Fernão Lopes é que é cronista este badameco é mas é...ok já passou!) acha que não tem nada que saber e então resolveu criticar Camané por ter as letras das canções à frente! Quem não tem nada que fazer...(termino um dia) e este é assim. Que mal terá o homem ter um auxiliar de memória??? Por amor da santa!
Mas isto piora, depois de largar a posta de pescada e depois da já costumeira cara-de-ó-homem-cala-te dos apresentadores e devido ao silêncio incómodo, a personagem lembra-se de dizer:" Ele é fadista mas ainda não tem estaleca para fazer um espectáculo destes. Eu cá gosto de tudo direitinho!" Valha-me Santa Engrácia! O homem não tem senso do ridículo? É que, já agora, esse principiante que é o Plácido Domingo também usou um tripé com a letra para cantar "Foi Deus" da Amália! Amadores estes cantores. Precisam, nitidamente, de umas dicas do Carlos Castro!

quarta-feira, 2 de maio de 2007

A Maya, essa intrujona

Segundo os astrólogos cá do burgo, o signo de Sagitário tem um ano cheio de coisas boas, ele é sucesso profissional, ele é uma saúde de ferro, ele é uma carrada de Georges Clooneys aos nossos pés...enfim, a loucura. Ora, sendo que nos encontramos em Maio e a minha vidinha vai mais ou menos na mesma sinto-me um bocadinho intrujada.
Passo a explicar, em termos de saúde, este ano foi o pior da minha vida. Tive uma pneumonia ocasionada por uma meia dúzia de constipações curadas à laia de osga... e (deixem-me verificar...nop) o George não está aqui ao meu lado a ver o telejornal, logo...sobrava o sucesso profissional...pois, pois, o Oráculo de Bellini e as cartas da Maya não devem estar familiarizados com o estado da Educação (se calhar devia ter escrito com letra minúscula...) em Portugal, só pode.
Hoje, para não variar, estou com outro achaque: dor nas costas. Até podia explanar a parvoíce que ocasionou a bela da pontada ao nível dos rins, mas é melhor não...enfim, digamos que foi outro achaque que levou a este, mais ou menos por volta das 2 da manhã. E não foi nada disso que possam estar a engendrar, nada mesmo.
Bom, hoje é dia de dar teste às criaturas e eu pensei que até era uma boa maneira de curar as dores por não ter de andar a cirandar de um lado para o outro das salas, nada mais equivocado!
Ora, é certo e sabido, que em cada turma há sempre 1 artista que gosta de se armar em chico-esperto. Nesta turma são 16.Isto é, todos. É uma sorte eu não disse?...
Estavam já todos com o teste à frente e eu lá me fui sentar com o cuidado de não demonstrar as dores atrozes nas costas...nunca baixar a guarda, NUNCA! Começo a ler o enunciado e a explicar e há um que começa:
- Ó teacher, hoje não anda aqui de um lado para o outro?
- Cala-te se faz favor e ouve.
Ao que a chica-esperta da esquerda responde inchada:
- Não vês que a teacher está doente?
- Caluda se faz favor. Ouçam o que eu estou a dizer, olhem que eu não repito!
- Não 'tá nada, pois não teacher?- e a veia da testa da teacher a começar a latejar.
-Há dúvidas?
Ouve-se então o sonoro NÃO do costume seguido do dedo no ar do chico-esperto de há bocado. Dada a minha condição, pedi-lhe para se aproximar que eu explicava, ao que ele riposta:
- Ah então sempre está doente!- tipo, contente e tal!
- Ó ...... tu vê se te calas com a conversa senão vou eu aí e nem o teste fazes!
- Eu bem te disse que ela estava doente- ouço dizer baixinho a chica-esperta da esquerda.
Agora digam-me lá, há condições? Não há.
Pior...ao despedir-me o intrépido do fundo sai-se com " Como é que se diz "Boas melhoras" em Inglês?"

terça-feira, 1 de maio de 2007

O Desafio...

Se eu fosse uma hora do dia, seria as 1o da manhã:já passou o mau-feitio e estou mais sorridente.
Se eu fosse um astro, o sol, que, diga-se de pasagem , anda armado em embirrante e snob.
Se eu fosse uma direcção, seria uma tabuleta da estrada a dizer:Alentejo
Se eu fosse uma pedra,seria uma daquelas bem polidinhas dos rios.
Se eu fosse uma fruta, seria uma manga madura e sem fios para que o incauto que me comesse não ficasse 3 dias com fios agarrados aos dentes...
Se eu fosse uma flor, uma violeta
Se eu fosse um instrumento musical, seria uma harpa: pode ser que assim viesse a perceber como é que se consegue tocar aquilo.
Se eu fosse um elemento, seria fogo...mai nada!
Se eu fosse uma cor, seria o castanho.
Se eu fosse um animal, seria um gato.
Se eu fosse um som, seria o silêncio.
Se eu fosse uma música, seria "Blackbird "dos Beatles.
Se eu fosse um filme, seria o" Dirty Dancing", sem dúvida o filme escolhido por 99% das mulheres nascidas na década de 80 (snif...I had the time of my life...snif...ai Patrick...)
Se eu fosse um sentimento, seria a tranquilidade que me falta tantas vezes...
Se eu fosse um livro seria" Os dias exemplares" de Michael Cunningham.
Se eu fosse um lugar, seria Santiago de Compostela ou a Galiza no geral.
Se eu fosse uma palavra, seria contradição.
Se eu fosse expressão facial, seria uma careta parva.
Se eu fosse personagem de desenho animado, seria a Pucca.
Se eu fosse uma estação do ano, seria a Primavera.
Se eu fosse uma frase, seria "Deves ter uma sorte, que nem água bebes".

Passo então a explicar, a stôra lançou-me o desafio, e eu como sou muito bem mandada cá está.

Não há cá pão para malucos

Cá estamos nós...num feriado outra vez. Não quero dizer com isto que não saiba que nem ginjas, não é isso. A questão é que temos 2 feriados em duas semanas seguidas e depois batatas!E uma pessoa habitua-se mal. Quem, mas quem, é que amanhã vai bem-disposto para o trabalho? Ninguém, pois está claro!
Das duas uma ou espaçam mais os feriados, ou então tem de haver um feriado cada 15 dias para animar o pessoal. Para quando esse decreto-lei?