sábado, 31 de maio de 2008

sexta-feira, 30 de maio de 2008

O Inferno ao pé disto é um passeio no parque

Há qualquer coisa de kármico (kármiko? Karmiko? Karmico?) na minha existência. Há assim um alinhamento dos planetas de cada vez que eu levanto os costados do colchão. Mas um mau alinhamento.
Ora, eu lembro-me que o dia da criança era um dia giro e pacífico, em que íamos para o jardim municipal passear de mãos dadas com o nosso par e, caso apetecesse e a professora deixasse, éramos até capazes de ir andar de baloiço. Agora, tudo mudou. Dia da criança é dia de galos na cabeça, joelhos esfolados e pais de walkie talkie, em permanente comunicação com o advogado da família.
Portanto, tínhamos umas 10 actividades diferentes, para umas 3 centenas de putos com o demónio no corpo. Eu, como sou uma pessoa de muita sorte mamei logo com uma actividade que envolvia rastejar e apanhar alimentos. Estupidamente, pensei cá para comigo que se calhar at+e nem era mau de todo, considerando que teria apenas de explicar as regras a cada grupo, não teria de andar para lá a rastejar e a apanhar bodegas do chão. Nada mais errado. Ao fim da primeira turma, e por causa do barulho ensurdecedor gerado por aquelas 300 boquinhas, eu já estava capaz de rastejar para demonstrar, visto que as dores de garganta já eram insuportáveis.
A questão da desclassificação era até bastante linear: tocam nas cordas, perdem; tocam nos alimentos dos outros, perdem; abrem a boca para reclamar das regras, perdem; saem antes do "agora", perdem e, a melhor de todas, chutam a porra da laranja e comem-na com casca. E perdem.
Adiante.
Ao fim de 4 horas de "Opá, não é assim!!!!", " Ó ****, tu queres ver que ficas na bancada?", "Baixa o rabo!", É a rastejar! Não é a saltar!/&%$%&%&&" , houve birras. E eu, que até sou uma pessoa bem-disposta, estava capaz de dar cabo do canastro a dois que para lá andaram a rebolar e a enfiar dedos nos olhos um do outro.
E eu, que queria tirar umas fotos à ante-câmara do inferno, esqueci-me da porra da máquina. Bom, acho que consegui ser bastante gráfica.
Resumindo, tenho a tarde livre, e vou passá-la de cu enfiado no sofá, de robe e portátil no colo. Deus queira que não toque o telefone, senão tenho de me levantar.

menção honrosa: Saída do fotógrafo para moi:
-Atão e a stôra não participa no jogo?
- (Eu já te lixo)Vou, pois! Mas tem de ser o meu adversário.
- Eheheheheh
- (Querias conversa...)Ehehehehehehe

quinta-feira, 29 de maio de 2008

As crianças são o melhor do Mundo o camandro!

-Teacher, vais ver-me dançar no rancho?
- Er...
- Vai lá! Pleeeeease...
- Er...Isso é a que horas?
- Depois da escola. Depois do jantar.
- Ok. Eu vou ver se posso. Sabes que o teacher chega tarde e ele DE CERTEZA que gostava muito de te ver...(I'm soooo going to hell!)
-E porque é que não vais para o rancho? Assim, dançavas comigo, com a T., com a C., com o A., e com o...
Vai daí, somos brutalmente interrompidas pelo J. L., a criatura que leva a vida a comer borrachas e aparas dos lápis.
- A teacher não pode porque tem mais idade!
- Olha lá, ó J.L., mas tu achas que eu sou velha?
- Não...
- AH BOM!

Então mas não querem lá ver isto?...Amanhã não calça no trampolim, que é para ver se aprende a ser cavalheiro. Ou passo-lhe uma rasteira.

Pois...


Don't worry that children never listen to you. Worry that they are always watching you. Robert Fulghum, American author (b. 1937)


Nem me digas nada, amigo...Só de pensar que amanhã vou ter de andar a correr e a saltar logo às 9 da matina...

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Eu sou uma pessoa e tenho sentimentos...snif

Diz que a tap abriu não sei quantas vagas para hospedeiras. Diz que ganham bem e andam sempre a laurear a pevide. Diz que talvez não me importasse muito...
Ora, segue a conversa entre o meu marido e eu, quando lhe disse, enquanto descascava as batatas, que se calhar ia tentar a minha sorte.
- ...pois, li nos classificados, o que achas?
- er...TU? HOSPEDEIRA???
- Sim. Qual é o mal?
- er...Não tens altura.
- Tenho sim. Tenho até mais 3 centímentros.
- er...Tens de andar sempre por fora.
- Ohhhh, tão querido! Mas sabes que têm dois dias por semana de folga, não é por aí, e fartam-se de viajar. Eu gosto disso.
- er...E se um franciú bêbado de apalpar a bilha?
- Enfio-lhe uma palete de cacahuetes num sítio que eu cá sei. Abro a porta e atiro-o cá para baixo. Somos aspirados para o vazio, morremos ou vamos dar a uma ilha tipo a do Lost e depois ainda lhe arreio mais.
- Estás a ver? Não tens perfil.
- Porra. E tudo por causa dos franceses. Cabrões.
(Fui fazer uma pesquisa de imagens e percebi porque é que ele acha que não deveria concorrer. Digamos que vá, ao pé delas sentir-e-ia sem dentes da frente, com herpes e com unisobrancelha)

Questões do fim-de-semana




Ontem fui ver o Indiana Jones.


É verdade que aparecem lá uns macacos muito manhosos que tresandam a CGI que é um horror.


É verdade que aquilo mete Roswell e aliens e uma vilã com poderes psíquicos.


É verdade que o trailer engana muito, e mostra só aquilo que nos faz gostar deste personagem.


É.


Mas eu gostei. Se calhar sou básica.




Portugal ficou em 13º lugar na final da Eurovisão. A nossa canção era a melhor, mas não levámos uma cantora com aspirações a porn star. Bom, fica o ensinamento, para o ano levamos a Soraia Chaves a fazer playback.


(Curiosamente, enquanto eu reclamava da cozinha que a badalhoca da ucraniana ainda conseguia um lugar melhor, o Eskisito estava muito caladinho de olhinho vidrado na tv...Não sei bem porquê...)


sexta-feira, 23 de maio de 2008

M-e-u D-e-u-s...

Entro na sala. Pouso o impermeável, os livros, a mala e o mp3. Abro o livro de sumários, sento-me calmamente. Olho para o visor do telemóvel e vejo que tenho mais ou menos 7 minutos de silêncio até dar o toque.
Trá lá lá, lição número 80, trá lá lá 15h45, trá lá lá TRIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIMMMMMMMM.
Acaba-se o sossego. Vou buscá-los à porta. Preparo-me para dizer o já costumeiro let's go, quando a minha querida M.I., a criança de 7 anos que sabe os enredos TODOS das novelas da TVI, me diz o seguinte:
- Ai, ó teacher, o J.P. deu-me beijinhos aqui (bochecha), mas quer dar-me aqui (boca)!
- Er...(eu sou muito eloquente nestas situações)
- Mas eu não quero! É que ele é meu primo e eu não quero ter filhos deficientes.
E eu tive de fugir para o corredor e fingir que estava com um ataque de tosse.

Não lhe dêem guita!


A Luazinha, esta mulher que é só good vibes, mandou-me mais um desafio. Ena!


(Até vos vejo daqui a carregar no retroceder que é para fingirem que não viram nada. Intrujões!)


Bom, então eu tenho de dizer 8 coisas que quero fazer antes de morrer.


1- Dar uma bejufa repenicada no Tony Carreira e fazê-lo compreender que vestir camisas que brilham no escuro como o colete do meu disco Ken, é estúpido.


2- Comprar uma câmara xpto, daquelas profissionais, moer o cérebro ao Cruxe para ele me ensinar a trabalhar com aquilo e tirar uma foto em que eu fique bem. Era do camandro!( A questão do cirurgião plástico está também a ser equacionada)


3- Ir à ilha do Lost com o meu amigo Sawyer e fazê-lo perceber que não precisamos de mais nada além de morangos e champagne.


4-Dar a volta ao Mundo com o Eskisito (ele não é ciumento com o Sawyer) e com os nossos filhos todos. (Visão infernal esta... vai daí incluiremos também 3 amas por cada puto, que isto de ser-se pelintra não entra nos sonhos)


5- Construir um abrigo enooooooooooorme para animais abandonados e umas masmorras para pôr todos aqueles que lhes fizeram mal, com uma Iron Maiden incluída. E a tv a dar o Goucha em loop.


6- Ah pois, por esta altura já me tinha saído o euromilhões.


7- Muitas viagens aos meus pais, para visitarem os países que não conhecem (e provarem tudo o que por lá houver para provar).


8- Ir viver para o meu Alentejo, para junto dos meus. Esta é a sério.


O desafio, esse passo-o a quem o quiser. Que isto de sonhar ainda não se paga.

quinta-feira, 22 de maio de 2008

E vai daí...


...conseguimos mostrar que o que interessa é cantar bem, levar uma música boa e representar o nosso país como ele merece.

Calma, isto é da emoção, amanhã já ando a dizer mal disto outra vez.

Vânia, estás lá. Ou não. Mas o que interessa é que passámos sem matrafice. Estão a ouvir ó vocês da Europa de Leste (até uma cantora invisual levaram...credo).

Ai Clímaco...

Não sei se estou a ver as meias-finais da Eurovisão ou uma festa da playboy.
Estamos lixados.
Vou enfardar batatas fritas e emborcar umas minis.
Entre vento, loiras, formas pneumáticas e jogos pirotécnicos, não sei o qual será o motivo da nossa derrota. tenho para mim que para o ano devíamos mandar os Moonspell.
Hydra:

LIGA O MSN!!! ACODE-ME!

terça-feira, 20 de maio de 2008

Geração não-me-toques-que-me-desfaço


Acordei de mau-humor, mau-estar, vontade de assassinar umas quantas criancinhas à machachada. E porquê? Porque tive de ir para um ginásio CHEIO de putos logo às 9 da matina, assim para abrir a pestana. Contas feitas, calhou-me a turma-demónio: 25 alminhas que, não sei bem porquê, toda a gente conhece pelos piores motivos. Mas eu, como sou professora deles desde o ano passado até nem fiquei muito preocupada, ou não me conhecessem elas também a mim.(MUAHAHAHAH)

Resumindo e concluindo, estou cansada, cantei demasiadas vezes a Machadinha (que afinal é uma letra que já não tenho na memória) e o Indo eu, indo eu a caminho de Viseu, apeteceu-me dar um par de murros ao J., que, para variar andava empoleirado nas grades, mas apesar de tudo portaram-se lindamente. Gostei de ver os sapatos deles em filinha encostados à parede, gostei de os ver sentadinhos à espera das minhas instruções e, principalmente, gostei de ver que as turmas dos betinhos afinal não são assim tão betinhas.

Agora chego a casa e ouço nas notícias que querem transformar o 1º e o 2º ciclos num só ciclo, porque diz que assim as criancinhas não sofrem um choque tão grande. Pois claro! Bora atronhar a cachopada de vez! Assim como assim, mais vale que eles fiquem sempre com a mesma professora até ao 12º ano, que é para quando entrarem para a faculdade não saibam atar os atacadores, ou comer sozinhos, ou desenrascarem-se, for fuck's sake! Aliás, deviam era ter sempre a mesma professora desde a creche! É que não lembra a ninguém que eles tenham de se socializar com diferentes adultos ao longo da vida! Não, melhor ainda, ficam sempre com os pais, que fazem uma formação qualquer e ensinam-lhes tudo. Hã? Que é que dizem, ó senhores da Comissão Nacional de Educação?

Apetece-me dizer asneiras, mas não vou dizer, porque sou uma traumatizada, tive mais de 30 professores ao longo da minha vida.


Ah, ah, ah, minha machadinha

Ah, ah, ah, minha machadinha

Quem te pôs a mão, sabendo que és minha?

Quem te pôs a mão, sabendo que és minha?

Sabendo que és minha, eu também sou tua( Olá, temos aqui rambóia!)

Sabendo que és minha, eu também sou tua

Salta machadinha, lá para o meio da rua

- Cá no meio da rua não hei-de ficar, cá no meio da rua não hei-de ficar, vou mas é a roda escolher o meu par...

AMNÉSIA, AMNÉSIA, AMNÉSIA, AMNÉSIA, AMNÉSIA, AMNÉSIA, AMNÉSIA

segunda-feira, 19 de maio de 2008

The sky's the limit

No início, eu não largava o site meter e perdia uma gotinha ou outra com as pesquisas que certas e determinadas pessoas fazem, e que por conseguinte vão dar ao meu estabelecimento. No entanto, e com o passar do tempo, deixei de me debruçar sobre esta temática, mas hoje, em nome dos bons velhos tempos, dei-me ao trabalho de ir ver o que se tem pesquisado para aí (enquanto tento secar as unhas, comer a lasanha e desviar os gatos do garfo que seguro com o polegar e o indicador da mão esquerda, que eu cá sou uma artista).
E que bem que esta hora de almoço está a ser passada! Senão vejamos aqui o podium:
3º lugar- teste: sou lésbica (ou, como referem as escribas aqui deste coiso: serei Solange?)
2º lugar- borm to bel wild (mais uma vez, desqueira que seja dislexia...)
1º lugar- MARAIA QUERIM (aquela querida que canta aquela cantiga que diz assim: ai quenli, ive livinim uidáu iú...)

domingo, 18 de maio de 2008

Filho de peixe sabe nadar

Dizem que, com o passar dos anos, ficamos cada vez mais parecidas com as nossas mães, e olhem que se calhar é verdade. Não há dia que passe que eu não invente uma coisa qualquer cá em casa para arrumar, para limpar, para aventar para o lixo, porque quantos menos vultos maiores claridades. Adiante, que eu também não percebi à primeira.
Depois temos o blog da Teresa. O blog da Teresa faz-me pensar que sou mais velha do que aquilo que realmente consta do meu B.I. (onde por sinal estou loira, meu Deus!) Seja por acompanhar fervorosamente a Eurovisão, seja por saber de cor umas quantas canções do Júlio Iglésias (nem uma réstia de orgulho nisto, mas é assim...), sinto que a minha mãe teve um grande impacto naquilo que sou, e a Teresa faz-me reconhecer isso com maior naturalidade.
Hoje, ela resolveu falar na revista hola, esse ícone da prensa del corazón espanhola, que acompanhou toda a minha infância e adolescência, e que serviu de figurino a bastantes fatos da minha mãe. Era inconsequente e fútil, mas era também um passaporte para um mundo cheio de luxos que nos fazia sonhar.
Quando mudámos de casa, encontrámos caixotes e caixotes de holas, um verdadeiro mausoléu de toda a futilidade da vida social espanhola. Algumas das capas estavam muito bem decoradas por mim com bigodes e dentes podres, mas mesmo assim fartei-me de fazer pouco das unhacas vermelhas, dos fatos azulões com malinhas de verniz abomináveis, enfim, mal sabia eu a volta que isto da moda dá...
No outro dia, ao telefone, dizia eu à minha mãe que tinha comprado um verniz que ela de certeza iria adorar, quando lhe disse que era encarnadão, como ela tanto gostava, atirou-me um: TU?!

sábado, 17 de maio de 2008

Obigadu pah! ok

tu e os teus amiguinhos deviam ter vergonha na cara de escreverem tudo aserca do marco paulo kuanto ha doença dele pode ser k vos bata aporta e kuanto a sexso lidade dele so a ele dis respeito ok tanham +respeito pelas pessoas voces sao uns frustrados da net tanham juizo ok

Deus queira que isso seja dislexia.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

To whom it may concern






You got to cry without weeping

Talk without speaking

Scream without raising your voice
















U2 Running to stand still

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Mais um desafio daqueles muito pouco necessários, mas que vá, são uma barrigada

Pois bem, eu tenho de escolher 11 bloggers que visite amiúde e colocá-los por ordem:

Luazinha
Formiguinha
Alf
Rita
Hydra
Dualidades (os 2, assim à bruta!)
Flávio
Lisa
Diabba
Teresa
Cabra Expiatória
É verdade que não estão cá todos, mas vá, foi assim de memória.

Agora tenho de responder a umas perguntas sobre cada 1, e para isso tenho de andar a saltitar do blog da Luazinha para o meu para não fazer batota. Que canseira, credo!

1. Como você encontrou o 4? Sinceramente, não me lembro.
2. O que você faria sem o 6? Não percebi a pergunta. Quer dizer, amigo não empata amigo, eles por lá, eu por cá, não é coisa que me impeça de muito...NÃO TÕ ENTENDENDO!
3. O que você faria se o 2 e 6 estivessem namorando? Ai eu achava fofinho, e um grande regabofe, porque tenho para mim que os dualidades não deixavam de fora o Formigo...AH MALUCOS!
4. O que voce faria se o 5 confessasse que ele/ela te ama? Ele já o fez, e como eu lhe disse que não resultaria, ele emigrou para Inglaterra. Tadinho, mas é assim, sou uma quebra-corações.
5. Quem é o melhor amigo do 10? Tem muitos amigos, muitas histórias, pelo que não sei responder.
6. Você já se alimentou perto do 1? Não! Porque esta desistente não apareceu num certo almoço!
7. Você sente saudades do 2? Não! Nós cumbersamos pelo msn.
8. Quem o 11 está namorando? Sei lá! Eu lá sou gaja de andar para aí a indagar sobre a vida pessoal de cada um!
9. O que você acha do 3? É um hóme do nuorte, carago! eve praguejar que nem um marinheiro bêbado!
10. O que você acha do 9? Uma maaaaaagra, pffff....
11. O que você faria se 4 e 7 estivessem namorando? Achava giro! Pois que o R era capaz de dar cabo do canastro ao 7!
12.Você casaria com o 8? Tenho para mim que não, mas nunca se sabe! 8, se eu mudar de coiso és a primeira, sim?
13. Você ama 10? Então não amo? Pois claro que amo! Eu amo os meus amigos todos! (Ai que porra de lamechice...)
4. Já dormiu no mesmo quarto com alguns desses números? Acho que não, mas já estou a pensar alugar uma camarata numa Pousada da Juventude para ir tudo ao molho!

ps: Os mencionados serão desafiados e perseguidos se fugirem com o rabo a seringa!

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Aninhas, atira-te aos picos

Ora, hoje a bela da Ana Malhoa brindou todó Portugal com a sua presença na Praça da Alegria. É verdade, meus caros, mas não desesperem, que é para isso que serve o you tube.
Mas não pensem que vou pôr-me para aqui a descrever a vestimenta da criatura, não vou. Vou apenas tentar convencer-vos que estamos perante uma pessoa de grande coerência.
Pois bem, o amigo Jorge pergunta-lhe qualquer coisa que tinah que ver com o relacionamento que ela tinha com a filha de 9 aninhos (pobre alma), e se havia algum motivo de choque entre as duas. Ora, a nossa Ana, que já nos habituou a tiradas de génio, diz que sim, que teve alguns dissabores quando a filha começou a escolher a própria roupa.
Ele há coisas do arco da velha, como é que uma criança, com uma mãe tão normal tem problemas de discernimento ao escolher entre a roupa aceitável e a roupa não aceitável? Há coisas levadas da breca.
Agora, o que é melhor no meio disto tudo, é que a junior escolheu roupa com caveiras. Ora, eu não sei Ana, a mãe és tu, mas entre ter uma filha rameira e uma filha gótica, do mal o menos.

terça-feira, 13 de maio de 2008

Não sei se ria, se chore, se dê uma murraça a alguém

Tenho uma sensação recorrente, que me deixa a pensar que há um esforço colectivo levado a cabo por uma boa percentagem dos meus alunos, que tem por objectivo levar-me à loucura.


Criatura- Teacher, bitch o que é?


Eu- (Ó diabo!) Depende. Beach? Ou bitch?


Criatura- Não tenho a certeza. Mas era assim Shut up, bitch.(que ele pronunciava beach)


Eu- Ah, estou a ver... (Queres ver que o puto ainda leva um selo?)


Criatura- É cabra, não é teacher?( Com um sorriso intrépido na beiça)


Eu- Não. Tu estás a dizer cala-te, praia.


Criatura- Mas eu li as legendas e o meu pai explicou-me que cala-te, cabra, se dizia shut up, beach.


Eu- Amigo, o que tu estás a dizer é cala-te, praia.


Criatura- Mas o meu pai...


Eu- T., garanto-te que beach significa praia.

Criatura- Não é assim! É shut up ,beach! Não estás a perceber!

Eu- Sim, eu ouvi bem. E continuo a dizer-te que significa cala-te, praia. Parece-te que faz sentido?

Criatura- Não...Mas deixa, esquece. Até amanhã.

Agora é ver até onde chega a burrice do excelentíssimo pápai que tão belas coisas ensina ao seu rebento.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Ai a minha úrsela...

Tenho para mim que nunca me referi aqui à ASAE, mas, depois do sucedido, tenho de deixar aqui uma qualquer referência a esses grandes queridos.
Domingo de manhã, Mariazinha, toda empenada dos rins, dirige-se à feira com uma amiga. Tal como os homens gostam de ficar a olhar para montras de lojas de informática, gaja que é gaja gosta de ir a locais cheios de pó e roupa barata. Pode -se sofrer com os ácaros, pode-se perder um tímpano ou outro, mas é compensador comprar uma camisola porque é amarela e o amarelo usa-se, e porque custa só 5 euros.
Trata-se de um ritual importante, e é importante que tenha lugar na ausência de um qualquer marido castrador. É sabido que estes seres têm o péssimo hábito de dizerem coisas parvas que nos fazem duvidar quanto à necessidade subjacente à compra de determinadas peças.
(Este parágrafo cansou-me um bocadito...)
Bom, estava a Mariazinha muito orgulhosa quanto ao seu vestido novo, quando eis senão quando aparecem uns moços armados até aos dentes, de capacete na mona, e olhar reprovador. Por momentos sentiu-se no Iraque. Mariazinha, pouco habituada a estas lides, não se deixa intimidar, e vai de romper por entre a multidão. Como compradora experiente que é, avista uma bela de uma túnica lindíssima e quase que flutua até ela. Não se sabe o preço, a vendedora não está por perto, pelo que olha à sua volta, na esperança vã de conseguir levar dali aquela peça absolutamente necessária no seu guarda-roupa. É verdade que estranhou não ter ninguém a dar-lhe cotoveladas, mas ainda assim ignorou. É então que a querida se lembra de olhar para o lado e dá-se conta que tem um moço de capacete e bastão mesmo ao seu lado com um ar algo incrédulo. Vai não vai, esteve quase para o interpelar, e perguntar-lhe o preço das túnicas, mas desistiu, que isto é gente que não tem simpatia nenhuma no corpo, credo!
Giro, giro, foi quando esse querido, juntamente com os outros queridos, seus coleguinhas, começaram a correr por entre as pessoas que por ali andavam a tentar comprar. Entre crianças que abriam a goela, o pó que se levantava no ar, e a confusão instalada, com gritos em código e sirenes enfurecidas, estou em condições de afirmar que a ASAE é muito espalha-brasas. Por tua causa, agente grandalhão, não comprei a porcaria da túnica e fartei-me de comer pó. És mau. Por tua causa tive de preencher o vazio no armário com um twix, um magnum e uma waffle com molho de morangos. Isto é que é o bem da sociedade? Voltar ao estupor do ananás? Vergonhoso, pá!

quinta-feira, 8 de maio de 2008

O antes e o depois

Há dias conversava com uma amiga sobre os namoros, as escolhas, e a vida real. Ela falava-me de um amigo, alguém de quem ela gostara muito em tempos idos, e que, por força das circunstâncias- que é como quem diz, a namorada dele e o namorado dela- não deu em nada.
Ela dizia que ele fora uma pessoa muito importante na vida dela, porque foi ele quem a obrigou a tomar uma decisão relativamente à pessoa com quem queria estar.
No entanto, um destes dias ele ligou-lhe e disse-lhe que, bastaria ela ter dito um palavra nesse sentido, e ele teria desistido de tudo em prol dela.
Disse-me isto algo incomodada, como se aquele telefonema tivesse vindo agitar águas há muito apaziguadas. No entanto, e percebendo isso nos olhos dela, puxei o assunto do primeiro beijo, das borboletas no estômago, da espera, da paixão e da vontade irreprimível de estar com o outro.
Concordando, sorrindo, ela disse-me que este telefonema a levou a pensar nisso mesmo, na impossibilidade de um começo. Porque já se sabe tudo, porque já não há nada no outro que nos possa surpreender, porque o ir jantar fora parte de uma conversa e não de um convite apaixonado; porque o beijo passa a ser uma rotina e não uma descoberta...
E agora? Valerá a pena abdicar da segurança, do hábito, por uma possibilidade adolescente? Por que estas águas também serão apaziguadas...

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Mas que tá giro, tá

Se tivesse passado o serão de ontem a fazer o que devia em vez de fazer aqui o Gaspar, a esta hora não estava à beira do colapso.
Ai...

MINHA PÁTRIA É A LÍNGUA PORTUGUESA


MANIFESTO
EM DEFESA DA LÍNGUA PORTUGUESA
CONTRA O ACORDO ORTOGRÁFICO

(Ao abrigo do disposto nos Artigos n.os 52.º da Constituição da República Portuguesa, 247.º a 249.º do Regimento da Assembleia da República, 1.º n.º 1, 2.º n.º 1, 4.º, 5.º, 6.º e seguintes da Lei que regula o exercício do Direito de Petição)

Ex.mo Senhor Presidente da República Portuguesa
Ex.mo Senhor Presidente da Assembleia da República Portuguesa
Ex.mo Senhor Primeiro-Ministro

1 – O uso oral e escrito da língua portuguesa degradou-se a um ponto de aviltamento inaceitável, porque fere irremediavelmente a nossa identidade multissecular e o riquíssimo legado civilizacional e histórico que recebemos e nos cumpre transmitir aos vindouros. Por culpa dos que a falam e escrevem, em particular os meios de comunicação social; mas ao Estado incumbem as maiores responsabilidades porque desagregou o sistema educacional, hoje sem qualidade, nomeadamente impondo programas da disciplina de Português nos graus básico e secundário sem valor científico nem pedagógico e desprezando o valor da História.
Se queremos um Portugal condigno no difícil mundo de hoje, impõe-se que para o seu desenvolvimento sob todos os aspectos se ponha termo a esta situação com a maior urgência e lucidez.

2 – A agravar esta situação, sob o falso pretexto pedagógico de que a simplificação e uniformização linguística favoreceriam o combate ao analfabetismo (o que é historicamente errado) e estreitariam os laços culturais (nada o demonstra), lançou-se o chamado Acordo Ortográfico, pretendendo impor uma reforma da maneira de escrever mal concebida, desconchavada, sem critério de rigor, e nas suas prescrições atentatória da essência da língua e do nosso modelo de cultura. Reforma não só desnecessária mas perniciosa e de custos financeiros não calculados. Quando o que se impunha era recompor essa herança e enriquecê-la, atendendo ao princípio da diversidade, um dos vectores da União Europeia.
Lamenta-se que as entidades que assim se arrogam autoridade para manipular a língua (sem que para tal gozem de legitimidade ou tenham competência) não tenham ponderado cuidadosamente os pareceres científicos e técnicos, como, por exemplo, o do Prof. Doutor Óscar Lopes, e avancem atabalhoadamente sem consultar escritores, cientistas, historiadores e organizações de criação cultural e investigação científica. Não há uma instituição única que possa substituir-se a toda esta comunidade, e só ampla discussão pública poderia justificar a aprovação de orientações a sugerir aos povos de língua portuguesa.

3 – O Ministério da Educação, porque organiza os diferentes graus de ensino, adopta programas das matérias, forma os professores, não pode limitar-se a aceitar injunções sem legitimidade, baseadas em "acordos" mais do que contestáveis. Tem de assumir uma posição clara de respeito pelas correntes de pensamento que representam a continuidade de um património de tanto valor e para ele contribuam com o progresso da língua dentro dos padrões da lógica, da instrumentalidade e do bom gosto. Sem delongas deve repor o estudo da literatura portuguesa na sua dignidade formativa.
O Ministério da Cultura pode facilitar os encontros de escritores, linguistas, historiadores e outros criadores de cultura, e o trabalho de reflexão crítica e construtiva no sentido da maior eficácia instrumental e do aperfeiçoamento formal.

4 – O texto do chamado Acordo sofre de inúmeras imprecisões, erros e ambiguidades – não tem condições para servir de base a qualquer proposta normativa.
É inaceitável a supressão da acentuação, bem como das impropriamente chamadas consoantes "mudas" – muitas das quais se lêem ou têm valor etimológico indispensável à boa compreensão das palavras.
Não faz sentido o carácter facultativo que no texto do Acordo se prevê em numerosos casos, gerando-se a confusão.Convém que se estudem regras claras para a integração das palavras de outras línguas dos PALOP, de Timor e de outras zonas do mundo onde se fala o Português, na grafia da língua portuguesa.
A transcrição de palavras de outras línguas e a sua eventual adaptação ao português devem fazer-se segundo as normas científicas internacionais (caso do árabe, por exemplo).
Recusamos deixar-nos enredar em jogos de interesses, que nada leva a crer de proveito para a língua portuguesa. Para o desenvolvimento civilizacional por que os nossos povos anseiam é imperativa a formação de ampla base cultural (e não apenas a erradicação do analfabetismo), solidamente assente na herança que nos coube e construída segundo as linhas mestras do pensamento científico e dos valores da cidadania.


Os signatários,
Ana Isabel Buescu
António Emiliano
António Lobo Xavier
Eduardo Lourenço
Helena Buescu
Jorge Morais Barbosa
José Pacheco Pereira
José da Silva Peneda
Laura Bulger
Luís Fagundes Duarte
Maria Alzira Seixo
Mário Cláudio
Miguel Veiga
Paulo Teixeira Pinto
Raul Miguel Rosado Fernandes
Vasco Graça Moura
Vítor Manuel Aguiar e Silva
Vitorino Barbosa de Magalhães Godinho
Zita Seabra

terça-feira, 6 de maio de 2008

Saved by the bell

Já tive oportunidade de vos falar da tendência algo estúpida da minha gata em roer, babar e esconder os meus totós do cabelo. Assim sendo, e para não ser acusada de sádica com uma gata tão querida (NOT), tomei uma decisão: não há cá elásticos para o cabelo, há molas e quando se der o caso de não saber do seu paradeiro (aqui a culpa não é da gata, é do meu amigo alzheimer, uma barrigada este gajo! Prega-me grandes partidas. O dia que ele me esconder as chaves e passar um serão ao relento é que vai ser bonito), agarra-se no belo do lápis e espeta-se no alto da pinha para segurar a trunfa.
Como sou mulher de convicções, não estou de modas, e quando o calor aperta ou me começo a enervar com algum baixote, agarro no belo do lápis (bem afiado, senão arranco metade da juba) em vez de o espetar na têmpora da criatura - ou na minha- e enfio-o no belo do monho.
As miúdas acham piada, como se nunca tivessem visto tal coisa, e os putos começam a cochichar e a discutir a minha sanidade mental com frases ditas para o ar assim à laia de pensamento em voz alta:A teacher tem um lápis enfiado na cabeça...
Claro que eu podia aproveitar para os achincalhar, mas azar dos azares, é anti-pedagógico usar um tom irónico. A parte divertida da coisa tinha logo de levar a distúrbios comportamentais. Resta-me acenar com a cabeça, e corrigir está espetado no cabelo, na cabeça ainda não, mas lá para o fim do mês de Junho és capaz de ter sorte.
Pois bem, hoje, a C. e a R. resolveram trazer-me um valente stock de totós. Devem ter achado que eu não estava familiarizada com o conceito de pôr um elástico para segurar o cabelo...
Tendo em conta a piolhada que anda pela escola, estão a ver a minha sorte né?

- Teacher, põe lá o roxo! É meu!
- Er...ó C., não pode ser, fica mal, eu estou de encarnado.
- Está aí um encarnado, teacher!
- Olha que bom!E ainda tem uns cabelinhos teus agarrados...GULP!

Depois foi só correr para o caixote do lixo mais recôndito e rezar para encontrar totós roxos, encarnados, amarelos e verde ranho.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

That's what friends are for...

Ou era um blog ou uma consulta no psicanalista. Ele escolheu a primeira, porque dia 24 de Março de 2025 está ocupado e não pode ir à consulta no Distrital de Santarém.
Bora achincalhar este valente cromo que não atina com o código?

Influências nefastas de uma madrinha



Ontem fomos jantar com a nossa afilhada, a C..

Ela tem 3 anos, mas sabe coisas que eu com 6 não sonhava sequer. Enquanto come as batatas fritas conta até 10 em Inglês, e quando chora pede desculpas por se ter enervado e aborrecido. É um ser absolutamente fantástico.

Gosto de estar com ela, de ouvir as graças, mas também os mimos que ela diz com um toque de filosofia.

Quando chegámos a casa dos pais dela, ela estava de pijama, pelo que a mãe a mandou ir vestir a roupa nova da Kitty. (Eu não acho gracinha nenhuma à Kitty, mas nela até gostei)

Fui ajudá-la a vestir-se. A dada altura, estou a tentar tirar-lhe a camisola pela cabeça, e aquilo dá em embicar na chucha que ela não larga nem à lei da bala, e peço-lhe que a tire, senão vai-se magoar. Ela tira, não sem antes de atirar um Ai, Maria, Maria, tens de mandar tirar a chucha antes, senão eu aleijo-me. Mas deixa, da próxima vez já sabes.

Mas a melhor, melhor mesmo, foi quando ela, ao reparar que eu estava a adormecer no sofá, me diz entre gargalhadas Ri-te, morcõua!

Fartei-me de rir e lá a corrigi:

- Não é morcõua, tonhó, é morcona!

- Tonhó és tu, morcõua.

- MorCONA, não é morcõua!

- Mor-Cona, mor-cona.

- Isso.

Só quando o Eskisito me bateu na perna é que percebi o que tinha ensinado à criança.

O pior é que, mesmo que ela não diga quem a ensinou, os pais saberão que fui eu. Damn you girl!

domingo, 4 de maio de 2008

A stupid test a day keeps the shrink away


É domingo, o Eskisito ressona placidamente e eu tenho de me entreter sem fazer barulho. Podia ler, mas não me apetece. Vou ao blog da Dina e deparo-me com isto. Vai de fazer:



Que personagem do Seinfeld é você?
Trazido a você por Soul Fire




Tenho alguém no meu pé? Posso jurar-te que não. Mas deixa cá verificar outra vez, posso ter visto mal...Não, nada.


Auto-confiante demais? Pffff...Queres dizer alguma coisinha chicken-shit?


Ai sou sexy? Ah isso é bom! E se és tu, teste idiota que o dizes, eu acredito. Mesmo que eu seja uma mal-encavada ramelenta? BOA! (Não vamos voltar à questão da leitura linear, pois não, Hzolio?)

sábado, 3 de maio de 2008

Uma sapatada na boca ainda era pouco

Há uns anos trabalhei numa loja. Durante o tempo que lá estive aprendi muitas e variadas maneiras de não dar em maluca, em suma: tive dias de cão, mas também tive dias muito, muto bons.
Hora de fecho, Mariazinha começa a olhar para o relógio, eis senão quando entram duas dondocas típicas, muito apressadas.
Dondoca1- Vai fechar?
Eu- Boa tarde. Por acaso já devia era ter fechado, mas diga...
Dondoca2- Vamos para um casamento em ******* e a minha filha não tem sapatos! Precisava de umas sabrinas brancas, número **
Eu- Muito bem, vou buscar.
Dondoca1- (Para a amiga) Tu despacha-te, olha que ainda temos de ir comer alguma coisa ali ao Méquedónal.
Eu, que vinha a descer as escadas, já a ver a bela seca que estavam prestes a pregar-me, ouço esta pérola:
Dondoca2- Não há problema. A gente vai ali pelo Épi Mil, e escusamos de entrar. É mais rápido.
Dondoca1- Ah boa!

Depois fingi que me tinha entrado uma coisa para a vista- tipo um Big Mac- e lá disfarcei.

E porque me lembrei eu disto? Porque me apetece um McDrive.

Guida Maria: a filha do demo




Está quase a fazer 1 anito, e é a gata mais eléctrica que eu já conheci. Enquanto que o Lucas só quer é solinho no sofá e comidinha na gamela, esta quer é correr, trepar, moer o Lucas, comer plástico (sim...é verdade) e lá no fim disso tudo lá dorme. Mas com um olho aberto, nunca se sabe se poderá acontecer alguma coisa e apanhá-la desprevenida.
Tem sido difícil convencê-la de que quando nos levantamos do sofá, ou quando tocam à campainha, ou quando deixamos cair um tacho, o nosso objectivo não é matá-la do coração.
Gosta de miminhos, festinhas e gosta quando falo com ela à bebé. Dá marradinhas, esconde-se debaixo dos lençóis comigo para enganar o dono, mas se a tento pegar ao colo é o horror e a tragédia e começa a miar desesperadamente. Não percebo. Não me larga o dia todo, anda sempre atrás de mim vá eu para onde for, embora tenha uma predilecção pela casa-de-banho. Abre gavetas e portas de armários, rouba-me os totós do cabelo (resta-me 1) e rói os botões e os atilhos dos casacos.
Lembrem-me lá porque é que eu a tenho cá em casa.
nota: Aquilo que está dentro do garrafão não é tintol.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Lucas: o gato-lontra


Há um A.C e um D.C na existência deste gato. Entenda-se um Antes da Castração e um Depois da Castração.
Durante o período anterior à castração eu pegava-lhe nas patas da frente e ele dava cambalhotas.Era uma barrigada! Ou pelo menos até ao momento que ele achasse que eu já estava a abusar nas cambalhotas e começava a correr atrás de mim a bufar, sendo eu obrigada a esconder-me no quarto até que o Eskisito lhe atirasse uma almofada.
Depois chegou o período Guida Maria, contemporâneo do período D.C.. A máquina de guerra transformou-se no saco de boxe da Guida, que o obriga a correr pela casa e a subir aos móveis. E a atirar-se para cima de mim quando eu estou ao computador, mas isso são outros quinhentos...
Portanto, Luazinha, se tu achas que o Mias não vai engordar, deita um olhinho aqui ao texugo, que eu chamava de gato microcéfalo e que agora parece o Godzilla... A parte positiva é que já não se esconde atrás dos armários para me arranhar, nem me ataca quando ando às escuras pela casa, nem se atira para cima de mim quando estou desprevenida e ao telefone...Contas feitas, até que nem foi uma mudança para pior.