quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Bom ano


Este ano, percebi que sou mais forte do que julgo e muito mais vulnerável do que gostaria, assim sendo, quero mesmo acreditar que este 2009 vai levar para longe as coisas más deste 2008.

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

O Natal, essa festividade bipolar


O problema do Natal, pelo menos lá em casa de mámãe, é que comemos e comemos e comemos e depois, durante os dois dias seguintes (no máximo, que somos de alimento), não apetece comer nada, só sopinha e saladinha. Depois, quando começa a dar a lareca, temos tudo o que sobrou do Natal e ali ficamos a olhar para o estupor do perú já desossado mas não menos perú. Eu estou aqui nesta indecisão. Almoçámos comida pré-feita e que bem que soube. Ah! A bela comida de plástico para desenjoar da comida tradicional e bem confeccionada.

Por outro lado, comi doces à bruta, jurei que nunca mais, que exagero, ai que enjoo, e há coisa de meia-hora meti duas bombocas no bucho. De baunilha. Blherc! Vou ver se ainda está a última na caixa, para não se estragar...

ps: notai a presença do pãozinho moçambicano!

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

De volta ao FimdeMundo


De maneiras que já estamos de volta à parvalhêra, mas não por muito tempo, domingo voltamos a Elvas, para ver se é desta que ficamos com um carro operacional.

O Natal correu muito bem. Comi que nem uma lontra, bebi lambrusco, que é uma buída italiana que cai muito bem. Fizemos pão no forno de lenha do meu irmão e digamos que comemos um pão com bastante melanina.Ainda assim, valeu a imagem viril do eskisito e do meu irmão a partirem lenha à machadada! E quando digo lenha, refiro-me a paletes!
A minha mãe vestiu-se de PaiAtal e o T. ia tendo uma embolia quando o PaiAtal bateu à porta. Tenho para mim que ficou traumatizado.

O perú, tal como eu augurei, manteve-se intacto até ontem à tarde, o que me leva a achar que vou trazer empadas, croquetes e um empadão de perú...

Cada vez somos menos lá em casa, infelizmente, mas foi um Natal muito divertido, muito familiar e muito nosso. Não comi brinhol e não houve ronca, mas de tanto cantar ao Menino, o T. aprendeu a dizer no caramelho, que mais não é que o último verso da canção!
foto: Se repararem bem, ao fundo, vê-se mámãe a domar as couves!

domingo, 21 de dezembro de 2008

Driving home for Christmas...

Já tenho as malas feitas, os gatos já estão entregues aos cuidados de alguém que os mima na nossa ausência, a casa está arrumadinha, a planta regada, a cozinha um brinquinho, a casa-de-banho está também limpinha e arrumada, as prendas estão já a postos a seguir para o carro, o colchão insuflável também, faltam os carregadores dos telemóveis, da máquina e as pantufas. Os carregadores vão chegar a Elvas, porque o maníaco das arrumações vai tratar de rever tudo o que fiz durante esta tarde, mas vou continuar a usar umas pantufas velhas do meu pai, porque não houve uma única vez que me tivesse lembrado de as pôr na porra do saco!
Falta ir apanhar musgo, dar uns tralhos, apanhar picos que ficam agarrados às calças e andar a coçar as pernas o resto do dia. Depois, é esconder a balança e começar a ronda que apelidamos "que bolos fazemos este ano". Depois, vamos a Badajoz comprar coisa hiper-calóricas, molhos, aperitivos e coisas que o nosso colesterol adora. Este ano, visto que o T. já tem dois anos e um mês, o meu pai quer oferecer-lhe uma ronca, que é um instrumento musical lá dos meus lados (ou será espanhol?) e cronometrar o tempo de vida do dito. Ora, a ronca mais não é que um boião de barro, coberto com uma pele, tipo cabedal, e depois faz-se um furo na pele, onde entra uma vara. Portanto, a ronca está feita, falta pôr a ronca a roncar! E como é que isto se faz? Ora, molha-se a mão e ...er...fricciona-se a vara para cima e para baixo, de maneira que a vara vibre, a pele também e o som reverbere(???) dentro do recipiente de barro, ouvindo-se então rooommm...rooommm...rooommmm....Este som serve de acompanhamento aos cantares ao Menino. Eu cá gosto de cantar ao menino, o problema é que a minha mãe também...e depois da meia-noite, a coisa começa a ficar mesmo, mesmo parva. Reparem que nem estou aqui a mencionar que tocar a ronca parece uma coisa badalhoca. Ficava-me mal. E eu vou para Elvas já amanhã, e nunca se sabe o que pode um grupo de Elvenses irados fazer ao meu canastro...
Adiante, amanhã é dia de rumar ao meu beloved Alentejo, assim que acabar a bela da manhã de reuniões e de cantilenas de 3...3....4...2...3...4....3...3....Como não sei como será a minha vida em termos de ligação à net, deixem-me desejar-vos umas Festas Felizes e umas entradas cheias de alegrias e sem carros roubados (furtados, vá...), problemas de saúde, faltinha de sorte, pronto. O que se quer é um ano como deve ser!
Então, adeus e até dia 26, talvez...

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

O Esopo é que tinha razão

Hoje, estava um nevoeiro que não se via nada. Nada de nada. Eu, que dispensava estar a conduzir a horas absurdas e cheia de frio, lá vou contrariada, que tristezas (e moleza matinal) não pagam dívidas...

Estou a chegar a uma das aldeias por onde passo a caminho da terrinha onde trabalho, e no meio da estrada- que é absolutamente secundária, distingo um corpanzil enorme, parado. Era um rafeiro alentejano, todo molhado, estático no meio da estrada, com ares de curiosidade. Páro o carro, faço sinais de luzes, ele franze o sobrolho, e ali ficamos nós a olhar um para o outro. Ainda pensei em sair e fazer-lhe uma festinha, mas estava com o tempo contado, e resolvi esperar só mais um bocadinho, depois tinha de buzinar.

Entretanto, olho pelo espelho e vejo uma daquelas 4x4, tipo strada, ou navarra ou lá o raio. Ligo os 4 piscas e espero que o condutor tenha tempo de travar ao ver-me. Ele trava, lá isso trava. Um segundo depois, começa a buzinar que nem um maluco, assusta o cão, que ficou desnorteado. O pobre animal, pouco habituado que estaria a andar solto, resolveu correr à frente da carrinha, a olhar para trás, assustadíssimo. E ali fiquei eu, a gritar impropérios dentro de um carro fechado, com os 4 piscas ligados e a enregelar.

E digo eu, serei a única a achar que o senhor condutor merecia era ficar agarrado a uma bela de uma azinheirazinha? Hum?

O vídeo mais não é do que a cereja em cima do bolo...A prova de que os animais nos superam em muita, muita coisa.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Uma barrigada, estes meus coleguinhas...

Às vezes esqueço-me que há gente muito poucachinha e sem sentido de humor nenhum...Esqueço-me que há gente que nasceu de Livro de Ponto na mão e 30 anos de serviço...
Atronhados do catano!
Quem me conhece, sabe que gosto de Festivais da Eurovisão, músicas de intigamente e ...NATAIS DOS HOSPITAIS! Coisas da sic e da tvi não, que são mais profissionais e menos dadas a enganos. O da rtp, o original, é que é bom, porque vai lá a picorrilha toda. E haverá algo de mais estimulante do que ver a transmissão dos Açores? Eu sei que há, que às vezes também vejo a Júlia, mas não sejam picuínhas.
Hoje, em 28 anos de vida, perdi o Natal dos Hospitais.
Entro na sala dos professores (ah, esse limbo dos papéis e da falta de humor...) e começam a endossar-me papéis e convocatórias e eu, pra ver se não ganham todos úrselas e tal, saio-me com: peço desculpa mas hoje é o Natal dos Hospitais, isto tem de ficar para outro dia.
cri, cri, cri, cri.
Riam-se, morcões!

sábado, 13 de dezembro de 2008

Bring it on, you asshole!

Faço hoje 28 anos. O meu maridinho-coisa mais boa não há- ofereceu-me o perfil da Simone. Acordei ao som da Desfolhada, fiz os pudins ao som do Sol de Inverno e quando percebi que tinha acordado as pestes minorcas do andar de cima e estragado uma manhã de ronha ao mastronço, dediquei-me à lasanha.
Mereço uma estadia no inferno por ser uma pessoa que gosta de justiça? Tenho para mim que não.
Adicionalmente, tive cá o T., aquele ser, sangue do meu sangue, que não pára um instante e que fala um tantinho alto. Aqueles momentos de retoiça em cima da cama da tia foram qualquer coisa de ispectacular! O mastronço acha que não? Temos peninha! Também não gostou de ouvir as musiquetas do pigloo e dos beijos de esquimó??? Não?? É a vida.
Daqui a instantes temos nova dose: afilhadas. Menores de 5. Niiiiice!

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Summary: My daily routine

De há uns tempos a esta parte, o meu marido deixou de ter uma vida, uma vez que eu estou longe e só volto ao fim do dia. Por falar nisso, já viram o videoclip da Beyoncé da última música? If I were a boy é uma música que tem muito que ver com a minha vidinha actual: saio de casa, não de uniforme mas a pôr a ramelosa da Beyoncé a um cantinho, e ele ali anda a cirandar a queixar-se que tem que pôr a máquina a lavar e estender e limpar a caixa dos gatos e rónhónhó. WHATEVER! Eu vou ganhar o pão desta família! Ora, é sem ressentimentos que digo que este gajo não me pára de chagar com os blogs que vai criando. Agora é o das viagens que fizemos e das fotos que tirámos. Durante uns tempos andou entretido a escolher fotos em que eu não aparecesse tipo emplastro, como são poucas a coisa complicou-se... Agora entram vocês. Enviem as vossas fotos sem emplastros para o mail peloscaminhosdeportugal@hotmail.com (e aqui se nota o nosso revivalismo...gmail é coisinha que eu dispenso...), vá, tende piedade da minha sanidadezinha mental que já é tão poucachinha...


Nota: Não perceberam o que eu quero? Então vão lá ao blog dele que ele explica. Oh se explica...

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Vai para casa ó Marcelo Rebelo de Sousa!

Ultimamente tenho andado assim de fugida aqui pelo coiso, não é? É. Admito que tenho vindo aqui escrever entre uma crise nervosa e uma gripe. É um coisa de que não me orgulho, mas que fique aqui registado que eu farto-me de pensar em coisas, assuntos, em suma,em palermices! Venho pelo caminho desde a minha escolinha, percorrendo montes e vales, estradinhas muito mal jeitosas e cheias de curvas e venho a pensar em coisas giras para vós. Assim que vejo o fdp do camião do alcatrão parado no meio do nada, a grade a impedir a passagem vá-se-lá saber porque raio, eu penso logo em vocês, porque sei que me lêem e percebem. Ou quando paro no tasco da curva sinuosa da aldeola número 2 para beber café e sou atendida por um senhor estrábico que carrega nos erres, eu penso em vocês! Ou quando vou ao bar da escola e a senhora funcionária começa a falar MUITO, mas mesmo MUITO ALTO enquanto gesticula como se estivesse no C.R.E.D.O., eu penso em vocês. E quando chego a casa e faço a minha imitação da senhora, e o Eskisito se ri com a minha capacidade para o teatro de má qualidade, eu penso em contar-vos. A sério que penso, mas depois dá-me a soneira e tenho de ir dormir que mais um dia de camião do alcatrão, senhor do café zarolho e senhora do bar com o síndrome do decibel se avizinha. Isto é uma grande porra, pois é!
Mas isto vai mudar! E para o provar, reparem que estou aqui à hora do telejornal para fazer aqui uma análise da actualidade como só eu e uma criança do 2º ano conseguimos. E a notícia que acabei de ouvir foi: PENSIONISTAS PORTUGUESES VÃO RECEBER MAIS 18 EUROS!
Se isto não é um sinal do Universo relativamente à minha conduta enquanto blogger...meus amigos não sei o que será! Aliás, quem como eu é que está a pensar que já não era sem tempo da velharia se calar com o raio das reformas curtas que não dão para os remédios? Agora que vão passar a receber esta fortuna é tempo de se calarem com as lamúrias dos medicamentos, porque isto quem não tem dinheiro não tem vícios, sempre ouvi dizer, e já chateava o raio da conversa.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

ai...

-Ó teacher, a resposta é sua? (Resposta à pergunta sobre a idade.)
-É.
- Não é nada! Está a gozar!
-Não, não estou. Passa.

Ouve-se lá do fundo uma voz doutoral, vinda da aluna que diz treuze cada 20 minutos:
- És mesmo burro! Olha lá bem para a teacher, achas que tem 27 anos? É muito mais nova!


No outro dia, estava eu na sala de professores, aquele sítio que eu, pessoalmente, dispenso a não ser que tenha meeeeesmo de lá ir, e pedi um esclarecimento a uma coleguinha que diz para a outra:
- Ai, as saudades que eu tenho dos meus vinte anos, de ser uma criança, vá!

Ora bem, eu não sou uma criancinha, táááá? Ando eu a fazer o desmame da mala da pucca e ouço isto? Terei eu de fazer uma mise como a da Sra. D. Lurdes para ser encarada como uma gaja cumadevedeser?
Estou a uns dias de fazer 28, e vem esta gente e ...francamente!

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Querido Diário:

Lembras-te que fui colocada no dia 6? E que desde então já me aconteceu de tudo um pouco? Pois é, meu amigo. Eu, que andei a dizer mal à minha vida de cada vez que havia greve de professores até há um mês, tenho de estar em casa a destilar ranho e não posso ir à escola fazer greve ao portão. Eu, que sempre disse que assim é que se faz greve, não é a ir passear para Santarém. Sou uma vira-casacas à conta da bela da gripe. Adicionalmente, é a minha primeira greve como contratada e não tenho sequer um registo mental da confusão que gerei em vinte e tal famílias de uma vez só. Estou desiludida.
Ainda por cima, hoje fazemos 4 anos de casados: ele com uma otite e eu agarrada ao papel higiénico porque os lenços acabaram e não temos capacidade de ir à rua comprar. Iupi.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Ídolos

Raramente escrevo sobre futebol, basicamente porque não me aquece nem me arrefece. Gosto de ver a Selecção e pouco mais. O desporto-rei lá de casa de mámãe e de pápai é o automobolismo, e o futebol é uma coisinha pouco importante. Daí que o meu rico sobrinho brinque às rrridas (corridas) e aos cidentes (acidentes). Golos? Nááá.
Ora, assim sendo, ligo pouco às notícias sobre o Ronaldo, se é que é notícia que o rapazola ande com mais uma mamalhuda ou que tenha comprado mais um carro. Não me enche de orgulho que o moço tenha na estante a bola de ouro ou a bota ou lá o raio. Curiosamente, só me consegue irritar. Há nele uma tal cagança e falta de humildade que não se pode confundir com confiança e consciência do que se vale. É cagança, vaidade pura. E para se ganhar essas coisas equaciona-se o quê? A habilidade? Os golos? As capacidades? Ok, ele tem isso tudo. Mas será que se premeia a personalidade do jogador? A sua postura? O Figo tem uma coisinha destas na estante? É que eu acho que esse é o verdadeiro ídolo. Aliás, se quisermos, basta que nos paremos a pensar na nossa geração (a rasca) e é fácil de ver que os ídolos que tínhamos regiam-se por uma cartilha bem diferente.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Fim-de-semana (em) grande

No sábado, vai de agarrar na trouxa e zarpar para Elvas, para passar o fim-de-semana com o sobrinhomailindo. Estava um frio do catano, mas nada que uma viagem com o aquecimento no máximo não resolvesse. Uma vez que a nossa amiga C. vinha connosco até Santa Eulália resolvemos fazer a viagem por uma rota diferente, de maneira que passaríamos a Portalegre.
A seguir a Abrantes, dá em pôr-se um frio do caraças, um bocadinho a rondar já o impossível de aturar, mas vai de seguir viagem. Gavião, granizo, gelo na estrada, carros a passo de caracol, jipe numa vala, medo, medo, medo. Fortios (perto de Portalegre) NEVÃO DO CATANO!!!!
Estudei ali 4 anos e nunca vi neve, passo lá por acaso, apanho um nevão tal que as escovas congelaram e o carro não queria andar nem por nada. Anyway, apesar de tudo, só tive pena de não poder ir até Marvão, porque aí sim estaria um espectáculo magnífico.
Adoro o meu Alentejo, pronto.
Entretanto, o sol apareceu, a neve derreteu e lá fui ter com o sobrinhito que está cada vez mais lindo, se é que é possível.
Foi um fim-de-semana bem bom, rodeada da famelga e do elemento agitador mais palrador da história.
No final de contas, o Eskisitinho não aguentou a dose e está de cama com 39 de febre. Mariquinhas...