quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

O verdadeiro espírito do S. Valentim, esse grande maluco...

Primeiro que tudo, quero que conste em acta que isto de ser professora é uma vidinha santa e que aturar gaiatos e levar trabalho para casa é um regalo. Posto isto, posso continuar? Agradecida.*
Bom, estou aqui apenas e só para vos falar de apalpões. Sim, apalpões, porque caso vocês achem que isto de ser professora é apenas ensinar conteúdos e tal e coisa estão enganados. Hoje falei de apalpões, de machismo e da probabilidade de lhes aterrar um murro na pinha. Passo a explicar, sem antes pedir licença à provedoria do leitor. Posso, a sério? Um bem-haja.
- Stôra, o R. apalpou-me as mamas...
- R. CHEGA AQUI AO PÉ DE MIM, JÁ!
- Pronto, é sempre o mesmo. Sou sempre eu! Ela fez-me o mesmo a mim! E o A., o F. e o E. também a apalparam!
- Espera, tu estás a dizer-me que pelo facto de não teres sido o único o que fizeram torna-se correcto?
- Não, mas eu não fui o único!
- Mau! Estou a perguntar-te se é correcto!
- Não...
- Então a I. vai escrever um recado à tua mãe a explicar o que lhe fizeste e tu escreves um para a mãe dela a explicar o que ela te fez. Entendam-se.
(Passam uns 20m e chegam os dois ao pé de mim)
- Sabe stôra, é que ele queria namorar comigo, é por isso que me apalpou e eu a ele. Deixe, não escrevemos nada nas cadernetas a ver se melhora.
- Melhora? Melhora o quê??
- O namoro.

Foi mais ou menos aqui que me senti velha.

*Agradecimento destina-se à anónima que não sabe que trabalhei noutras coisas além disto e que também sei o que são meses sem folgas, exploração, varizes e afins. Poor little thing. Depois comecei a dar aulas e sei dar o valor ao que faço, da mesma forma que me canso e me desiludo com os resultados de alguns miúdos. May I?

3 comentários:

Anónimo disse...

A anônima, que sou eu, de nome Marta (peço desculpa se me esqueci de assinar...são as horas de labuta em cima, só pode) responde com gosto...
E responde que:
O comentário não foi assim com tanta fúria, aliás, nenhuma, até porque a minha vida não se resume a comentar blogues, muito menos cheios dessa dita - fúria!
Uns pontapés saudáveis num saco de boxe, uma caminhada na praia, o saborear de um delicioso Toblerone ou uns belos pastéis de Belém resolvem essa questão perfeitamente.

Em suma, assim sendo dear, take it easy que o comentário foi muito light. Basta apenas acrescentares um smile e verás como estava bem disposta!

Pois é, pois é, não acreditas? Não acredites... Ou será que se os comentários não forem do genero lindo-fofo-e-tudo-e-tudo já terão de ser para atirar pedras a tudo quanto é sítio, pessoa ou blogue?!?

By the way... Verdade. Como até sou simpática, aqui vai um conselho fofinho (tipo algodão doce vá):
Chá de Valeriana é bom, acalma a FÚRIA. Ora experimenta. Experimenta lá!
Pronto. Enquanto vais pesquisar os efeitos secundários da planta, eu deixo um smile :) só para entenderes o comentário, senão...

Então até mais,
Marta

Maria do Consultório disse...

Pessoa cheia de fel:

Tenho uma vida e gosto dela.Experimenta arranjar uma, acho que chegou uma remessa.

Raphael Rocha Lopes disse...

Meninas, não briguem. Não vale a pena.
E a história foi muito boa. Fez-me rir e sentir-me velho também, é verdade.